Diante da greve dos caminhoneiros e as incertezas geradas nesta área, a XP Investimentos avalia que o setor mais afetado é o varejo. Na análise da corretora, a paralisação tem um impacto mais relevante sobre a confiança do consumidor do que sobre os resultados da empresas. Com isso, a opção é por ativos de forte posicionamento, sólido histórico de execução e com fundamentos estruturados, como o Assaí (ASAI3).
Para a corretora, a crescente incerteza macro deve pesar sobre a confiança do consumidor e continuar a elevar as expectativas de taxas de juros. Além disso, a última greve dos caminhoneiros, em 2018, acabou elevando a uma maior inflação e menor Produto Interno Bruto (PIB), “devido às interrupções de oferta, o que por sua vez pode restringir a renda disponível dos consumidores”, informou o relatório.
Como ativo de proteção contra a inflação, a XP tem preferência pelo Assaí. Já em relação ao consumo discricionário a escolha é por ações que focam em classes mais altas e com um crescimento orgânico sólido como:
Além disso, a corretora divulgou uma tabela com as projeções de impacto no preço alvo de grandes varejistas, confira abaixo:
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Após carta de Bolsonaro, greve dos caminhoneiros perde força
A greve dos caminhoneiros perdeu força após o presidente Jair Bolsonaro ter dado um passo para trás na crise entre os Poderes. Segundo o último boletim do Ministério da Infraestrutura, divulgado nesta sexta-feira (10), às 7h30, houve redução de ocorrências em todos os estados monitorados, dos 15 estados que estavam paralisados, apenas 3 seguem com pontos de concentração.
Ainda de acordo com a pasta, o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rondônia ainda estão com a greve dos caminhoneiros. Conforme o jornal Valor Econômico, a liderança da categoria se reuniu ontem por cerca de três horas com Bolsonaro, depois de articularem por dois dias seguidos bloqueios em rodovias.
Apesar do áudio do Bolsonaro que pedia a interrupção da greve dos caminhoneiros, as lideranças disseram que em nenhum momento na reunião o presidente solicitou para que eles cessassem as paralisações. A categoria afirma que a pauta não é sobre o preço dos combustíveis, mas “a insatisfação do povo brasileiro com o judiciário (STF)”, como disse um dos caminhoneiros ao jornal.