Greve dos Caminhoneiros: Manifestantes ateiam fogo em pneus na BR-060
O Ministério da Infraestrutura e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informaram que, entre 12 horas e 13 horas desta segunda-feira (1), houve uma tentativa de bloqueio total do quilômetro 190 da BR-060/GO, na altura de Guapó. Manifestantes da greve dos caminhoneiros atearam fogo em pneus.
Após ação de equipes da PRF com auxílio do Corpo de Bombeiros, o material foi completamente removido e o fluxo nos dois sentidos está liberado. Todas as outras rodovias federais, concedidas ou sob gestão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), encontram-se com o livre fluxo de veículos, até o momento, não havendo nenhum ponto de retenção total ou parcial com a greve dos caminhoneiros.
Lideranças dos caminhoneiros autônomos, transportadores de cargas, convocaram motoristas para uma paralisação a partir desta segunda-feira.
Entre outras reivindicações, os caminhoneiros querem redução de cobrança de PIS/Cofins sobre o óleo diesel, o aumento e cumprimento da tabela do piso mínimo do frete, estabelecido em 2018 após a paralisação de 11 dias, modificação da redação do projeto 4199/2020, o BR do Mar, sobre cabotagem, aposentadoria especial para o setor, um marco regulatório do transporte, entre outros pedidos.
Apesar do apelo de Bolsonaro, greve dos caminhoneiros é mantida
Apesar dos apelos do presidente Jair Bolsonaro, a greve dos caminhoneiros autônomos foi mantida, disse o presidente do Conselho Nacional dos Transportadores Rodoviários de Cargas (CNTRC), Plínio Dias, acrescentando que a duração do movimento é “indeterminada” e que 22 Estados participam do conselho.
Dias afirma que a redução ou zeragem do PIS/Cofins sobre o diesel, cogitada pelo governo, não seria suficiente para terminar com a greve, porque o principal problema é a política de paridade ao preço internacional adotada pela Petrobras (PETR4).
No sábado (30), Bolsonaro pediu que a categoria não entrasse em greve e disse que todo mundo perderia se isso acontecesse, “o Brasil todo”.
“Quem teria a culpa de desabastecimento do País se o movimento se prolongar por 3, 4, 5 dias, como foi na época do presidente Michel Temer, quando durou 11 dias, não são os caminhoneiros, é quem é responsável pela pasta. Se o presidente chamar para conversar no primeiro dia e resolver, todo mundo volta a trabalhar no dia seguinte. Até agora não teve diálogo com Conselho Nacional ou com a categoria”, disse um dos líderes da greve dos caminhoneiros.
(Com informações do Estadão Conteúdo)