O presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Walace Landim, informou, por meio de um vídeo publicado nas redes sociais, que a greve dos caminhoneiros não bloqueará as estradas.
A associação manteve a greve dos caminhoneiros, no entanto, sem fechar as rodovias. “Não carregue seu caminhão amanhã (quarta), a partir das 6 horas da manhã, fique em casa. Não estamos orientando fechar rodovia. Estamos orientando a mostrar nossa força, para mostrar que não aceitamos retrocesso”, disse Landim, conhecido como Chorão.
A orientação é de que os caminhoneiros “aproveitem o dia” para fazer manutenção nos veículos. O início da paralisação estava previsto para às 6 horas desta manhã e o termino às 18 horas.
Nesta quarta-feira (19), estava marcado no Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento de três ações que questionam se é constitucional a política de tabelamento de frete rodoviário. No entanto, o julgamento foi adiado pela segunda vez, para 10 de março.
Apesar do adiamento, a categoria decidiu manter a paralisação. “A hora é agora, nós precisamos estar unidos e mostrar força”, disse Chorão. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) também convocou protesto.
Greve dos caminhoneiros em Santos
Na última segunda-feira (17), os caminhoneiros da Baixada Santista, litoral de São Paulo, realizaram protestos na entrada do Porto de Santos.
A categoria afirmou que os protestos são contra o novo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ). Além disso, os caminhoneiros também reivindicam um valor mínimo para serviços de fretes e a retirada do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que incide sobre o preço do diesel e da gasolina.
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O representante do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale Ribeira (Sindicam), Alexsandro Viviani, informou que os manifestantes não bloquearam a entrada do porto.
Isso porque a Justiça Federal proibiu, no último domingo (16), o bloqueio da região com uma multa diária de R$ 200 mil para aqueles que descumprissem a medida. A decisão aconteceu após o Sindicam anunciar que iria organizar uma greve dos caminhoneiros em frente ao terminal portuário.