Greve dos Correios: trabalhadores devem retomar atividades nesta terça
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) informou nessa segunda-feira (21) que aprovou, na mesma data, um reajuste de 2,6% para funcionários dos Correios, além de decidir que a greve não foi abusiva.
Frente a isso, os funcionários dos correios, que estavam em greve desde o dia 17 de agosto, deverão retomar as atividade a partir da próxima terça-feira (22). Caso os funcionários não retomem as atividades, terão que pagar uma multa de R$ 100 mil por dia.
Além disso, a decisão prevê que metade dos dias de greve deverá ser descontada do salários dos funcionários da estatal, enquanto a parte restante terá que ser compensada. Vale destacar que se a greve fosse considerada abusiva, haveria o desconto total.
Suno One: o primeiro passo para alcançar a sua independência financeira. Acesse agora, é gratuito!
Segundo a relatora do processo no TST, a ministra Kátia Arruda, “é a primeira vez que julgamos uma matéria em que uma empresa retira praticamente todos os direitos dos empregados”.
Funcionários dos Correios decretam greve nacional
A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (FENTECT) anunciou que os funcionários da estatal entraram em greve às 22h do dia 17 de agosto. Segundo a entidade, não havia prazo para o fim da paralisação dos Correios.
Cerca de 100 mil trabalhadores em todo o Brasil decretaram a paralisação nacional das atividades dos Correios. De acordo com a Fentect, a greve era “contra a retirada de direitos, contra a privatização da empresa e negligência com a saúde dos funcionários em relação ao novo coronavírus (Covid-19)”.
A federação informou que entre os pontos que estavam sendo reivindicados estavam a retirada de 70 direitos dos 79 do atual Acordo Coletivo, como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias e auxílio creche.
“Os trabalhadores também lutam contra a privatização dos Correios, o aumento descabido da participação dos trabalhadores no Plano de Saúde, gerando grande evasão, e o descaso e negligência com a saúde e vida dos ecetistas na pandemia da Covid-19″. De acordo com a FENTECT, houve aumento na participação dos planos de saúde, enquanto houve redução da parte da empresa, o que, segundo a federação, se torna incompatível com a média do piso salarial dos funcionários, de R$ 1,7 mil.