O Sindicato dos Transportadores Autônomos do Paraná (Sinditac-PR) anunciou que vai realizar neste sábado (30) um protesto em reação às declarações do presidente Jair Bolsonaro na noite da última quinta (28). A informação é da Folha de S.Paulo.
Sempre às quintas-feiras, Bolsonaro faz transmissões ao vivo pelo Facebook aos seus seguidores, comentando sobre atos do governo e opinando sobre diversos assuntos. O último vídeo, em que tenta conter a insatisfação dos caminhoneiros, no entanto, irritou a categoria.
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“A questão dos caminhoneiros… A novidade: a Petrobras informou que o reajuste do preço do óleo diesel será feito por períodos não inferiores a 15 dias”, declarou o presidente, ao lado de uma intérprete de libras e o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Bolsonaro tratou ainda de um problema que, segundo ele, é recorrente para os caminhoneiros. “Tínhamos o problema de que ele [caminhoneiro] fazia um frete, Porto Alegre-Fortaleza, entre ida e volta, dá uns 10, 12 dias. Ele reclamava que muitas vezes ele pegava o frete e na volta, em havendo a recomposição do preço do diesel, parte ou quase todo o seu frete era engolido pelo novo preço do diesel”, explicou, antes de falar sobre o chamado Cartão Caminhoneiro.
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“O caminhoneiro passa num posto de combustível e preenche o seu cartão ali com óleo diesel. Ele vai pagar o preço do óleo diesel do dia, não interesse se o preço do diesel subiu ou não. Então isso é uma vantagem e garante a ele que seu frete não será consumido por possíveis reajustes do preço do diesel. Então, caminhoneiros, parabéns a vocês!”, declarou Bolsonaro.
Muitos caminhoneiros não gostaram da declaração. “À beira de uma greve, o presidente fazer um pronunciamento daqueles… Foi decepcionante”, afirmou um sindicalista do interior de São Paulo à Folha. “A categoria não tem dinheiro pra comer, como vai ter condições pra gastar R$ 5 mil para adiantar o óleo diesel?”
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O presidente do Sinditac negou ao jornal que coordena alguma greve dos caminhoneiros, mas disse que a carreata tem o objetivo de chamar a atenção do governo. “Queremos sentar com o governo e trabalhar em cima das leis que já existem e não estão sendo cumpridas, como o piso dos fretes e a lei do vale-pedágio. Coisas como o Cartão Caminhoneiro é pro futuro ainda, e não vai ajudar a diminuir o aumento do preço do diesel“, afirmou.
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