Greve dos caminhoneiros: não haverá nova paralisação, diz Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (19) que não acredita que uma nova paralisação dos caminhoneiros deve ocorrer. A declaração ocorreu após representantes dos caminhoneiros ameaçarem uma nova greve.
Segundo Bolsonaro, uma nova greve dos caminhoneiros geraria grandes impactos para a economia nacional. Por isso, o presidente afirmou estar disposto a continuar conversando com o setor.
“É um direito de todo mundo fazer greve no Brasil, logicamente algumas classes como a minha, das Forças Armadas, não têm direito. Os caminhoneiros são classe importantíssima para o Brasil. Acredito que caminhoneiros não façam paralisação porque isso atrapalha muito a economia”, explicou o presidente.
O mandatário ressaltou que compreende as dificuldades enfrentadas pela categoria. Contudo, disse que o Brasil é um país livre e democrático que segue o livre mercado e a lei da oferta e da procura.
Medidas para ajudar o setor
Os aumentos da validade da carteira de motorista e da pontuação por infrações foram mencionados pelo presidente como algumas das medidas para atender aos interesses dos caminhoneiros. Além disso, Bolsonaro afirmou confiar no Congresso para atender às outras reivindicações da categoria.
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“Estamos fazendo o possível para atender os caminhoneiros, com o que já foi anunciado pelo ministro Tarcísio Gomes, ministro da Infraestrutura. Eu mesmo já fiz alguma coisa, falta o Parlamento fazer sua parte”, disse Bolsonaro.
A concessão de crédito para a compra de caminhões foi apontada pelo atual presidente como um erro. O crédito foi concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) durante os governos do Partido dos Trabalhadores (PT) (2003-2016). Segundo Bolsonaro, a medida fez com que a frota aumentasse de forma descontrolada e o preço do frete fosse reduzido.
Nova tabela de frete
A nova tabela de frete divulgada na última quinta-feira (19) reduz em 50% os preços mínimos, segundo o líder caminhoneiro Wallace Landim. A informação foi divulgada pelo “Valor Econômico”.
Landim afirmou que o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, prometeu uma adequação na taxa aos caminhoneiros. “Chamaremos a categoria na semana que vem. Vou chamar os embarcadores também. Vamos ver o que faremos”, afirmou o ministro.
As tabelas de frete atuais foram feitas para terminar com a greve dos caminhoneiros que ocorreu em maio de 2018. Portanto, as novas taxas foram elaboradas de forma mais cautelosa para que se adequem às categorias.
