Greve dos caminhoneiros: governo faz acordo e evita paralisação
Na última segunda-feira (22), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, se reuniu com integrantes da Confederação Nacional dos Transportes Autônomos (CNTA). Nesse encontro, o governo se comprometeu a implementar a política de frete mínimo. Com isso, os motoristas asseguram que não haverá greve dos caminhoneiros.
A partir desta terça-feira (23), está válido a política. O governo garantiu atender todas as reivindicações para evitar uma greve dos caminhoneiros, dentre elas está o aumento a fiscalização do piso mínimo de frete e o reajuste da tabela ao preço do diesel.
Além disso, os motoristas terão livre acesso para denunciar ao ministério as empresas que descumprirem a política de preços mínimo. Entretanto, o presidente da CNTA, Diumar Bueno, afirma que a trégua deverá durar aproximadamente dois meses. Esse prazo, segundo o presidente, é para que o governo consiga implementar a nova política.
Bueno explica que o se o governo não cumprir a promessa dentro do prazo, as negociações serão abertas, mas, com uma pressão muito maior de paralisação nacional.
Acordo firmado
Com intuito de evitar uma possível greve, o ministro se reuniu com 26 lideranças de caminhoneiros, entre os integrantes havia um grupo de motoristas autônomos.
De acordo com o documento divulgado na última segunda-feira, os compromissos firmados foram os seguintes:
- Estudar a eliminação de multas desnecessárias;
- Transferência do custo do diesel para a tabela do frete;
- Fiscalização efetiva da referência de custo do piso mínimo do frete;
- Celebração de um termo de compromisso com as entidade representantes da categoria para tornar mais efetiva a fiscalização.
Início da preocupação
O governo decidiu fazer esta reunião com receio de uma possível greve dos caminhoneiros anunciado na última quinta-feira (18) por um dos líderes dos transportadores, Wanderlei Alves.
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De acordo com a Agência Estado, o representante tinha afirmado que a paralisação aconteceria na próxima segunda-feira dia 29 deste mês. Pois, a categoria não teria ficado satisfeita com o pacote de medidas anunciado na última terça-feira (16) pelo governo federal.
O intuito era atingir todo o território nacional. Segundo Alves, nos mesmos moldes da greve dos caminhoneiros do ano passado, crescendo à medida que os dias passam.
Entenda o caso
A alta no diesel na última quarta-feira (17) marcou uma nova derrota para os caminhoneiros. Além da elevação do combustível a classe já sofria com o pacote de medidas do governo que não atingiu o esperado.
No entanto, os R$ 0,10 a mais no diesel divide os caminhoneiros, onde uma parte mais radical passou a articular uma paralisação, enquanto a turma do “deixa disso” preferia aguardar mais e dar mais tempo ao governo.
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Os caminhoneiros reivindicavam uma maior representatividade da classe em Brasília, para conseguir discutir as verdadeiras necessidades da categoria.
Após a reunião com o ministro da infraestrutura os motoristas asseguram não haverá greve dos caminhoneiros, desde o que o governo cumpra o acordo.
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