A Grendene (GRND3) obteve um lucro líquido de R$ 76,52 milhões no primeiro trimestre de 2019. O número é 50,97% menor do que o lucro registrado em 2018(R$ 156,06 milhões). Já em relação ao quarto trimestre houve uma queda de 69,55%.
Por conta do desempenho negativo, as ações da Grendene negociadas no Ibovespa despencavam 8,32% às 15h30, vendidos a R$ 7,38.
Saiba mais: Renner tem lucro líquido de R$ 161,6 mi, alta de 45%
A receita líquida da companhia seguiu o ritmo e caiu 22,45% na comparação anual, passando de R$ 545,81 milhões para R$ 423,26 milhões. Em relação ao último trimestre, a receita teve queda de 42,99%.
Por outro lado, os ativos totais da Grendene somaram R$ 3,99 bilhões no primeiro trimestre, elevação de 5,17% ante os R$ 3,79 bilhões registrados no quarto bimestre.
O patrimônio líquido da empresa cresceu 5,99% na comparação com o ano passado, saindo de R$ 3,23 bilhões e chegando a R$ 3,43 bilhões em 2019.
Saiba mais: Ford tem queda de 34% no lucro líquido do primeiro trimestre
Resultado negativo da Grendene
O diretor financeiro da Grendene, Francisco Schmitt, disse que o cenário do consumo brasileiro em 2019 afetou os números da marca.
“Depois da eleição presidencial houve uma euforia com a economia e a bolsa (de valores). O governo (do presidente Jair Bolsonaro) começou e nada de acontecer a esperada recuperação. O trimestre terminou com os indicadores econômicos muito fracos”, afirmou Schmitt.
Para Schmitt, a Grendene “teve um péssimo início de ano”. Houve uma queda de 29,5% no volume de pares de calçados, sendo 26,6% no mercado domésticos e 37% externos.
Saiba mais: Intel: lucro cai 11% no primeiro trimestre de 2019
Entre as marcas que compõe o grupo, está:
- Melissa;
- Ipanema;
- Grendha;
- Rider
Schmitt afirma que não há perspectivas de melhoras na recuperação do volume de calçados vendidos em 2019. “Não esperávamos uma queda tão acentuada no mercado interno. Portanto, dificilmente o volume de pares será maior que o do ano anterior”, disse o executivo da Grendene.