Para Grendene melhora no consumo ainda é incerta

Segundo a Grendene, uma possível retomada no mercado brasileiro é algo ainda incerto. Segundo Francisco Schmitt, diretor financeiro e de relações com investidores da fabricante de calçados, “o cenário para a melhora do consumo ainda é incerto”

O executivo da Grendene discursou nesta sexta-feira (2) durante uma teleconferência com analistas sobre os resultados financeiros da empresa segundo trimestre de 2019. Segundo Schmitt, se for mantido o crescimento nas vendas nas lojas de shopping centers os pedidos deverão chegar à indústria em até 60 dias.

Para o executivo, as perspectivas para a economia brasileira neste ano são bastante divergentes. “Temos nossa expectativa interna do que vai acontecer, mas está difícil fazer previsões”, explicou o diretor da Grendene. “As principais datas dessa época são o Dia das Crianças e o Natal, mas ainda estão longe. A melhora vem só depois das férias escolares”, explicou Schmitt.

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Questionado sobre a possibilidade de aquisição da Paquetá, atualmente em recuperação judicial, o diretor mostrou cautela. O executivo salientou como a dona das marcas Melissa, Ipanema e Rider analisará apenas a possibilidade de aquisição de empresas que possam agregar valor para o acionista.

Resultados complicados da Grendene

No segundo trimestre de 2019 a Grendene registrou um lucro líquido de R$ 41,5 milhões. Um resultado em queda de 37% se comparado com o mesmo trimestre de 2018. A receita bruta, por sua vez, caiu 8,7%, para R$ 497,1 milhões. O caixa líquido foi de R$ 2 bilhões, com um crescimento de 11,5% em relação ao quarto trimestre do ano passado.

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Segundo o diretor financeiro da fabricante de calçados, esse resultado foi influenciado pelo cenário econômico “ruim” do Brasil. Para o executivo, a aplicação dos recursos em caixa foi delineada por um comitê financeiro criado no fim de 2018, que redefiniu a política de investimentos. Os recursos foram alocados em títulos atrelados ao CDI em bancos de primeira linha, além de outros produtos de crédito privado.

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Durante o encontro com investidores foi explicado que a empresa não prevê mudanças para este ano, pois as decisões sobre as aplicações financeiras para o exercício fiscal são sempre definidas em fevereiro. A Grendene não mudará também a política de dividendos para 2019, apesar das disponibilidades de caixa.

Carlo Cauti

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