O Grupo Pão de Açúcar (GPA) (PCAR3) divulgou nesta quarta-feira (28) seus resultados do terceiro trimestre deste ano. O lucro líquido da varejista foi de R$ 428 milhões de reais, um crescimento de 178,6% em relação ao mesmo período de 2019, quando tinha sido de R$ 154 milhões.
No segundo trimestre de 2020 o lucro líquido do GPA tinha sido de R$ 333 milhões. Por sua vez, a receita bruta consolidada da empresa foi de R$ 23,455 bilhões no trimestre encerrado em setembro, com uma alta de 61,0% em relação ao mesmo período do ano passado, quando tinha sido de R$ 14,571 bilhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) R$ 1,63 bilhão, alta de 95,9% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando tinha sido de R$ 832 milhões.
Segundo o balanço da companhia, as despesas com vendas, gerais e administrativas cresceram 57,4%, passando de R$ 1,983 bilhão no terceiro trimestre de 2019 para R$ 3,121 bilhões no terceiro trimestre de 2020.
Por sua vez, os investimentos brutos do GPA consolidado totalizaram R$ 640 milhões, com abertura de 7 novas lojas de Assaí no trimestre (5 orgânicas e 2 conversões de Hiper), 1 Mini Extra e 1 posto de gasolina, além da conversão de 8 lojas Extra Super para o formato Mercado Extra.
Em relação a alavancagem, a relação dívida líquida/Ebitda ficou em 2,1x. Um patamar em linha ao apresentado no segundo trimestre deste ano, de 2,2x, Segundo a empresa, a posição financeira é sólida, com um caixa de R$ 7,3 bilhões correspondente a 124% da dívida de curto prazo (12 meses).
As vendas do e-commerce alimentar cresceram 240% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionadas pelo incremento significativo do número de novos clientes (+202%). As vendas online de alimentos representam 6% das vendas totais do Multivarejo e 12,4% das vendas do Pão de Açúcar.
Segundo Peter Estermann, diretor-presidente do GPA, “Chegamos ao final do terceiro trimestre com um desempenho muito positivo para os negócios no Brasil e nas operações internacionais”.
GPA quer spin off do Assaí
O resultado trimestral também indica como o Conselho de Administração do GPA autorizou o início dos estudos para separação da operação da marca Assaí, com cisão parcial da Companhia e de sua controlada Sendas.
Segundo o GPA, isso levaria para um aumento de foco estratégico para trazer mais agilidade para cada segmento, a eliminação de ineficiências corporativas para negócios operacionalmente distintos, a alocação de capital mais eficiente, priorizando investimentos por negócio e com maior acesso ao mercado de capitais, e para a geração de valor para os acionistas em função da melhor visibilidade na avaliação das unidades de negócios.