GPA (PCAR3) apresenta queda de 95,9% no lucro e atribui a restrições pela pandemia
O Grupo Pão de Açúcar afirma que a queda no lucro e receita tem como razão as novas restrições pela pandemia no período e o comparativo forte do ano passado.
O balanço financeiro do GPA (PCAR3) neste segundo trimestre veio com números fracos. De acordo com relatório, o desempenho inferior é resultado das “novas restrições impostas para conter nova onda da pandemia no período, aliado à forte base de comparação com o ano anterior”.
Com isso, o lucro líquido do GPA atribuído aos controladores ficou em R$ 4 milhões entre abril, maio e junho de 2021. Há um ano, o lucro do período tinha sido de R$ 86 milhões, representando uma queda de 95,9% frente ao 2T20.
Já o resultado operacional do Grupo Pão de Açúcar medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação, na sigla em inglês) ajustado somou R$ 899 milhões neste segundo trimestre. O valor é 7,7% inferior aos R$ 974 milhões de um ano antes.
A margem Ebitda do período perdeu 0,2 p.p. quando comparada com o mesmo período de 2020, saindo de 7,8% para 7,6% neste ano.
A receita líquida do GPA no período somou R$ 11,879 bilhões, queda de 5,3% na comparação anual, puxada por uma baixa de 9,7% no Brasil.
Vendas do GPA no 2T21
As vendas do Grupo Pão de Açúcar no Brasil atingiram R$ 7,062 bilhões, queda de 12,1% em um ano.
O GPA atribui as perdas à forte base de comparação com o segundo trimestre de 2020, “em função do elevado grau de estocagem do consumidor nos meses iniciais da pandemia, beneficiando nosso desempenho”.
O destaque ficou para o e-commerce do grupo, que cresceu 32% no período, para R$ 428 milhões na comparação anual e aumento de 8,2% na penetração.
Já as vendas do Grupo Éxito subiram 1,3%, com desempenho forte na Argentina, aliviando quedas na Colômbia e no Uruguai. Com isso, a receita da América Latina somou R$ 5,905 bilhões.
A dívida líquida do GPA no fim de junho era de R$ 4,65 bilhões, contra R$ 9,46 bilhões no mesmo período do ano passado. A relação dívida líquida/Ebitda ajustado foi de 1,7 vez.