GPA (PCAR3) faz plano para vender lojas e sede; empresa amarga prejuízo no 1T23
O GPA (PCAR3) tem nas mãos um plano para conseguir uma quantia entre R$ 700 milhões a R$ 800 milhões: vender três ativos não estratégicos, como lojas e a sede administrativa em São Paulo (SP). Segundo informações publicadas na quinta (4) pelo jornal Valor Econômico, essa iniciativas já começaram e devem ser concluídas até o fim do ano.
“No início do segundo trimestre, devemos fechar a operação sobre a venda da sede”, adiantou Guillaume Gras, diretor e vice-presidente de finanças e de relações com investidores do GPA, durante a teleconferência com analistas para apresentar os números da companhia no primeiro trimestre de 2023 (1T23).
Segundo o balanço do GPA, a operação começou 2023 com um prejuízo de R$ 248 milhões (ante lucro de R$ 1,3 bilhão no 1T22). Veja os principais números do 1T23:
- Receita líquida: R$ 4,5 bilhões, alta de 15% ante 1T22;
- Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado: R$ 224 milhões, queda de 0,1% ante 1T22;
- Resultado líquido: prejuízo de R$ 248 milhões, ante lucro líquido de R$ 1,3 bilhão no 1T23
De acordo com o executivo, nesse pacote de vendas de ativos não estratégicos, também estão presentes iniciativas como a venda de 13 lojas.
Balanço do GPA: Veja análises
Na visão dos analistas da Genial Investimentos Vinicius Esteves, Iago Souza e Nina Mirazon, esse foi um “trimestre morno” para a empresa.
“Os números do Novo GPA Brasil vieram em linha com nossas estimativas e com o consenso do mercado. Resguardada as devidas proporções sazonais, observamos uma melhora sequencial da operação, com incremento de margem bruta e Ebitda vs. 3T22 e 4T22″, comentam os profissionais da Genial. A casa trabalha com recomendação “manter” nas ações do GPA e o preço-alvo encontra-se sob revisão.
O Goldman Sachs tem recomendação neutra nos papéis do GPA, com o preço-alvo de R$ 19. Segundo os analistas Irma Sgarz, Felipe Rached e Gustavo Fratini, os gestores da varejista alimentar tentaram transmitir uma mensagem otimista aos investidores, mas a lucratividade permanece sob pressão.
