GPA, dono do Pão de Açúcar (PCAR4), entrará em mercado de restaurantes
O diretor executivo de varejo do Grupo Pão de Açúcar (GPA), dono do Pão de Acúcar, Jorge Faiçal, disse, nesta quinta-feira (14), que a empresa entrará no mercado de restaurantes.
A fala de Faiçal foi proferida em uma reunião remota com analistas. O Grupo Pão de Açúcar (GPA) pretende dar entrada neste segmento por meio de “dark kitchens”, que são os estabelecimentos que oferecem refeições somente via delivery. Serão feitas, segundo o executivo, quatro cozinhas para a produção e distribuição (venda externa) dessas refeições.
O presidente da divisão de supermercados e hipermercados do GPA ainda afirmou que o grupo continua com o seu plano de expansão no braço de varejo para 2020. Entretanto, a conversão de supermercados para modelos mais rentáveis deverá acontecer mais no segundo semestre deste ano.
Sobre o negócio de varejo, Faiçal afirmou que as vendas em janeiro começaram mais fracas, porém em março foi observada uma aceleração nas vendas, com compras em maiores volumes por parte dos consumidores, que têm ido menos aos mercados físicos. De acordo com o executivo, março foi o melhor mês de vendas do GPA no primeiro trimestre.
Prejuízo do GPA no 1T20
O GPA registrou um prejuízo líquido de R$130 milhões no primeiro trimestre de 2020. No ano passado, no mesmo trimestre, o GPA registrou lucro de R$ 126 milhões.
De acordo com o GPA, o resultado é “explicado principalmente por maior depreciação com a consolidação do Éxito e maior custo da dívida (R$ 92 milhões de impacto no resultado financeiro com a reestruturação e otimização das operações na América Latina)”.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 918 milhões, alta de 13,3%. O Ebitda ajustado foi de R$ 1,19 bilhão, alta de 38% na comparação ano a ano.
A receita líquida do GPA teve alta de 55% no primeiro trimestre, para R$ 19,7 bilhões. A dívida líquida da companhia foi de R$ 11,2 bilhões, contra R$ 4 bilhões do primeiro trimestre de 2019.