As ações do Pão de Açúcar, ou GPA (PCAR3), despencaram mais de 19% durante o pregão desta terça-feira (23), após a cisão com o grupo Éxito.
A operação da cisão com o Éxito já era conhecida pelo mercado, mas foi concretizada somente nesta semana, ocasionando então a retração dos papéis PCAR3.
Há uma movimentação da base acionária da companhia, já que os detentores de ações do Pão de Açúcar até o fim do pregão de segunda (22) receberam um BDR do Éxito – negociado sob o ticker EXCO32 – que fechou em alta de 21,7% no Ibovespa hoje.
Os papéis passaram a ser negociados sem direito aos BDRs nesta terça (23).
Os BDRs da Éxito chegaram a subir 30,3%, a R$ 15, e entraram em leilão.
O GPA entregará aos seus acionistas 1.080.556.276 ações do Éxito na proporção de 4 ações de emissão para cada ação PCAR3, na forma de:
- BDR´s (Brazilian Depositary Receipts) patrocinados Nível II, cada um representando 4 ações ordinárias de emissão do Éxito, para os detentores de ações ordinárias de emissão do GPA
- ADR´s (American Depositary Receipts) Nível II, cada um representando 8 ações ordinárias de emissão do Éxito, para os detentores de ADR´s do GPA
XP mantém cautela com PCAR3
Atualmente os analistas da XP mantém recomendação neutra para as ações do GPA, com preço-alvo de R$ 20 ante uma cotação atual de R$ 6,85.
“Apesar de termos uma visão positiva em relação às iniciativas do GPA e seu plano de expansão, vemos riscos de execução para a abertura acelerada das 300 lojas e entrega do nível de rentabilidade de 8-9% até o fim de 2024, além de termos uma visão um pouco mais cética frente ao plano de desinvestimentos da empresa até o fim de 2023 (negócios imobiliários, postos de gasolina, participação remanescente no Éxito pós Spin-Off e participação na C-Nova)”, diz a casa sobre PCAR3.