Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) avalia diluir Casino e buscar follow-on de R$ 1 bilhão
O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), o GPA, divulgou nesta segunda-feira (11) que está avaliando realizar uma oferta pública de distribuição primária de ações (follow-on). Segundo comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o valor estimado para a potencial emissão seria de R$1 bilhão.
O valor da possível oferta pública do GPA (PCAR3) foi definido após análise de alguns bancos, como Banco Itaú BBA e o BTG Pactual Investment Banking e a BR Partners como assessor financeiro.
O follow-on do GPA está inserido no plano de otimização da estrutura de capital da companhia, que faz parte do grupo de varejo francês, Casino. Na estratégia, também está inclusa a venda de ativos não core (aqueles que não são considerados essenciais para a continuação do negócio). Entre eles, está a venda da participação de 34% na Cnova, e de 13,3% no Almacenes Éxito, cuja conclusão é esperada para janeiro de 2024, conforme atualizado em comunicado ao mercado divulgado nesta data.
Caso a oferta da varejista seja efetivada, os recursos obtidos serão empregados na redução da dívida do Casino, reduzindo também sua alavancagem financeira.
GPA (PCAR3) convoca AGE para estudo de follow-on bilionário e pode diluir controle do Casino
Nesta segunda-feira (11), o Grupo Pão de Açúcar ainda convocou uma Assembleia Geral Extraordinária, para o próximo 11 de janeiro de 2024.
A AGE terá algumas pautas principais previstas:
- Aumento do capital autorizado da Companhia para até 800 milhões de ações ordinárias;
- Proposta da administração para eleição de uma nova chapa de Conselho de Administração, condicionada à liquidação da potencial Oferta e com posse 30 dias após a liquidação, que continuaria sob a representação de Marcelo Ribeiro Pimentel;
- A indicação de Renan Bergmann como Presidente do Conselho de Administração.
A composição proposta em conformidade com a administração do GPA e seu atual acionista controlador, o Grupo Casino Guichard Perrachon, aponta uma potencial diluição da participação deste último.
Na publicação da CVM, o grupo varejista ressalta que a efetiva realização da oferta em avaliação, além de seus termos e condições estará sujeita à obtenção das aprovações necessárias, incluindo as respectivas aprovações societárias aplicáveis, bem como às condições políticas e macroeconômica nacionais e internacionais favoráveis e ao interesse de investidores.
Portanto, o grupo destaca que ainda não existe uma confirmação a respeito da oferta pública de distribuição de ações ou outros valores mobiliários de emissão. Caso o follow-on do GPA (PCAR3) avance o mercado e seus acionistas deverão ser informados.