Governo quer segurar reajustes na conta de luz em ano de eleições

Em nota publicada nesta quinta (19), o Ministério de Minas e Energia (MME) admitiu que busca soluções para “amenizar” os reajustes na conta de luz no ano de 2022, quando o presidente Jair Bolsonaro deve tentar se reeleger.

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A nota foi publicada após o superintendente de Gestão Tarifária da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Davi Antunes Lima, indicar que as tarifas de energia podem subir, em média, 16,68% no próximo ano, principalmente por conta da crise hídrica que o País enfrenta.

A pasta reconheceu que diversos fatores pressionam a conta de luz para o próximo ano, entre eles o agravamento da crise hídrica, o aumento no custo para gerar energia, a alta do dólar e o fato de alguns contratos de distribuidoras serem reajustados pelo IGP-M.

“O Governo Federal permanece trabalhando e buscando soluções, com apoio do Congresso Nacional e das instituições que compõem a governança do setor elétrico, para amenizar os reajustes da conta de luz em 2022.

Nesse sentido, poderemos dispor de medidas que resultem em alívio nas tarifas e evitem reajustes muito elevados”, disse o MME.

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Segundo a pasta, entre as medidas estudadas estão a devolução aos consumidores de créditos tributários gerados por decisões judiciais que excluíram o ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins na conta de luz, o que já vem sendo feito ao longo deste ano, a redução do serviço da dívida da Itaipu, prevista para se iniciar em 2022 e a antecipação de um “valor expressivo” dos recursos da privatização da Eletrobras (ELET3) para abater nas tarifas.

De acordo com a Aneel, esse aporte pode somar R$ 5 bilhões.

Esses recursos seriam injetados na Conta de Desenvolvimento Energético, a CDE. O fundo setorial, custeado por encargos pagos via conta de luz, é usado para bancar subsídios para diversos segmentos, como irrigadores e empresas de água e saneamento. Só neste ano, o total de subsídios embutidos nas contas de luz vai atingir R$ 19,6 bilhões.

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O MME citou que medidas adotadas resultaram no alívio de R$ 18,83 bilhões no valor total que seria acrescido nas contas de luz neste ano.

“Caso nenhuma medida fosse adotada, os reajustes na conta de luz ultrapassariam a casa dos 20%. Com as providências adotadas, os reajustes em 2021 estão sendo reduzidos para pouco mais de 8%, em média, para os clientes residenciais. Esse patamar de reajuste em 2021 é compatível com a média mensal do IPCA e significativamente abaixo do IGP-M médio, de 29,04%.”

Com informações do Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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