O governador de São Paulo, João Dória, anunciou na coletiva desta quarta-feira (7) a criação do Bolsa do Povo, programa que unificará todos os programas sociais do estado em uma tentativa de auxílio emergencial. O projeto será encaminhado ainda hoje para a Assembleia Legislativa e a ideia é distribuir, já a partir de junho, de R$ 100 a R$ 500 a cerca de meio milhão de pessoas.
O número de beneficiários da Bolsa do Povo que receberá o valor máximo, porém, deve ficar próximo a apenas cerca de 20 mil pessoas. Serão pais e mães de alunos de escolas públicas contratados para trabalhar nos colégios do sistema estadual de São Paulo, com remuneração de R$ 500 e jornada de quatro horas diárias.
Além disso, o governo pretende também elevar o valor do Renda Cidadã, de R$ 80 para R$ 100, e aumentar o número de beneficiados, elevar a bolsa para jovens atletas e melhorar os projetos Ação Jovem e Aluguel Social.
O valor gasto pelo estado de São Paulo com os benefícios saíra de R$ 600 milhões para R$ 1 bilhão. Os cálculos para a criação do Bolsa do Povo envolveram as secretárias de Projetos e Orçamento e Gestão. A ideia seria diminuir os impactos econômicos impostos pelas restrições de circulação de pessoas no estado.
“Estamos acompanhando o crescimento acelerado da pobreza, da miséria, da vulnerabilidade em São Paulo e no Brasil. Um governo responsável segue dando atenção a saúde e à vida, mas também pelo alimento e proteção social”, disse Doria.
São Paulo quer dar bolsa a jovens desempregados que estudarem
Na prática, porém, o valor distribuído é baixo. Na primeira rodada do auxílio emergencial, no ano passado, São Paulo, para fins de comparação, recebeu R$ 12,82 bilhões do Governo Federal e distribui o valor a mais de 12 milhões de pessoas.
Além disso, as autoridades colocaram em análise na Assembleia Legislativa também um auxílio de R$ 210 para jovens desempregados que realizarem cursos de qualificação.
Diferentemente do esperado, o governador de São Paulo não deu detalhes sobre o fim ou a prorrogação da fase emergencial.