O governo federal registrou um déficit primário em suas contas de R$ 120,258 bilhões em 2018. O valor corresponde a 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB). A informação foi publicada nesta terça (29) pela Secretaria do Tesouro Nacional.
Isso significa que o governo gastou mais de R$ 120 bilhões acima do que arrecadou. Trata-se do quinto ano seguido de déficit nas contas públicas.
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Mesmo assim, o resultado foi melhor do que o previsto para o governo. A meta havia sido estipulada em R$ 159 bilhões negativos. Ou seja, 2018 terminou com uma folga de R$ 38,7 bilhões. A surpresa positiva se deu em razão da melhora na arrecadação tributária (tendo destaque as receitas consideradas atípicas). Além disso, houve uma limitação dos gastos públicos.
O déficit primário é o resultado negativo da soma das receitas provindas dos impostos e das despesas do governo, não levando em consideração o pagamento dos juros da dívida pública. A conta também inclui os gastos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sistema público de aposentadoria.
Só em 2018, a Previdência representou um resultado negativo de R$ 195,197 bilhões nos cofres públicos. No ano anterior, o rombo foi de R$182,450 bilhões.
- 2008: +R$ 71,438 bilhões
- 2009: +R$ 39,436 bilhões
- 2010: +R$ 77,891 bilhões
- 2011: +R$ 91,891 bilhões
- 2012: +R$ 84,988 bilhões
- 2013: +R$ 72,159 bilhões
- 2014: -R$ 23,482 bilhões
- 2015: -R$ 120,502 bilhões
- 2016: -R$ 161,275 bilhões
- 2017: -R$ 124,261 bilhões
- 2018: -R$ 120,258 bilhões
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Outros dados do governo
- A receita provinda de concessões tiveram queda de 31,7%, caindo para R$ 21,929 bilhões;
- Os dividendos repassados ao governo por suas empresas estatais tiveram aumento de 39,1%, chegando a R$ 7,676 bilhões;
- O pagamento de subsídios e subvenções diminuiu 17,8%, para R$ 15,332 bilhões;
- A receita líquida total (resultado após a transferência de recursos a estados e municípios) aumentou, em termos reais, 2,6%. O valor chegou a R$ 1,227 trilhão;
- Investimentos atingiram R$ 53,132 bilhões, ante R$ 45,694 bilhões em 2017.