Governo reduz para R$ 1.039 a previsão de salário mínimo para 2020

O governo federal diminuiu para R$ 1.039 a previsão de salário mínimo para 2020. O novo valor foi divulgado pelo ministério da Economia nesta sexta-feira (30) através do Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa).

Na previsão anterior, o governo havia informado, por meio do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentária (PLDO), que o salário mínimo no próximo ano seria de R$ 1.040.

Segundo a equipe econômica, a redução ocorreu por conta da variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). A estimativa era de que o indicador fosse de 4,19% neste ano, no entanto, passou para 4,02%.

Essa é a primeira vez no País em que o salário mínimo ultrapassa a casa de R$ 1 mil.

“O que está colocado no PLOA 2020 em relação ao salário mínimo é o valor do ano passado corrigido pelo INPC. Nós não temos, no PLOA, uma política de salário mínimo. Ela tem até o prazo de dezembro para ser anunciada pelo governo”, afirmou o secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues.

Além disso, o governo revisou ainda a expectativa de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB).

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A previsão anterior era de um aumento de 2,74% para este ano. Contudo, o novo indicador aponta uma expansão de 2,17%.

Não houve aumento real no salário mínimo

Tanto o salário previsto anteriormente quanto o anunciado nesta sexta-feira, não representam aumento real ante o valor atual de R$ 998.

Para que houvesse ganho real, o valor deveria aumentar acima da inflação. Dessa forma, a população poderia manter o nível socioeconômico mesmo com maior custo de vida.

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Em maio, o ministro da Economia, Paulo Guedes, havia ressaltado que o valor só voltaria a apresentar alta real com a aprovação de reformas, como a da Previdência e a tributária, por exemplo.

O salário mínimo voltou a ter alta real em 2019 após dois anos abaixo da inflação. Em 2017 e 2018, o valor ficou negativo em -0,1% e 0,25%, respectivamente, quando comparado ao índice inflacionário. Entre os anos de 2003 e 2017, foram registrados aumentos reais.

Giovanna Oliveira

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