O governo federal quer manter o atual presidente do Conselho de Administração da Petrobras (PETR3; PETR4). O almirante Eduardo Bacellar Ferreira deverá continuar no cargo enquanto outras sete nomeações do colegiado são realizadas.
Ao mesmo tempo que o principal acionista da Petrobras indica a manutenção de Ferreira, os acionistas minoritários da petroleira estatal também apresentaram as suas indicações para representantes no conselho
Será a assembleia geral ordinária, prevista para o dia 22 de julho, que deverá decidir sobre as nomeações.
A chapa única indicada pelo governo federal inclui, além do almirante Bacellar:
- o atual presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco:
- o economista João Cox Neto:
- a engenheira Maria Cláudia Guimarães
- o engenheiro Nivio Ziviani
Todos eles já são membros do conselho de administração.
Além deles, foram também indicados para vagas no conselho os economistas Omar Carneiro da Cunha Sobrinho, ex-presidente da Shell no Brasil, e Paulo Cesar de Sousa e Silva, além do engenheiro Ruy Flaks Scheider.
A geofísica Rosangela Buzanelli foi eleita como representante dos empregados, segundo as previsões da Lei das Estatais. E os acionistas minoritários indicaram como seus representantes Marcelo Mesquita Filho e Patricia Valente Stierli.
Por último, para a cadeira garantida aos acionistas detentores de papéis preferenciais da Petrobras, foram indicados os nomes dos economistas Sônia Júlia Sulzbeck e Rodrigo de Mesquita Pereira.
Petrobras prevê volta à normalidade
A Petrobras comunicou no começo de junho que deve começar o processo de normalização da operações e o retorno às atividades presenciais em julho.
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A companhia pode iniciar um processo gradual de retomadas das atividades presenciais a partir do mês seguinte. No entanto, até o final de junho, ficam mantidas as atuais condições de isolamento social dos funcionários, assim com o regime de trabalho à distância para área administrativa e a presença restrita dos funcionários considerados essenciais no setor operacional, segundo a Petrobras.
O plano de suspensão das medidas de quarentena foi apresentado no dia 8 de junho para os empregados e os sindicatos pela equipe de Recursos Humanos da petroleira.
Conforme nota, a empresa comunicou que “está planejando o retorno às atividades presenciais com o mesmo cuidado que a companhia tem atualmente em suas frentes operacionais”.
A Petrobras informou ainda que avalia os cenários domésticos e internacionais para estabelecer o momento correto de retomada e ampliação da atuação presencial em casa prédio ou unidade da companhia.
Dessa forma, o risco de contaminação pelo novo coronavírus com o encerramento do regime de quarentena foi classificado e representado por três bandeiras:
- verde (aprovado o retorno às atividades regulares)
- amarela (retomada parcial, com adoção de medidas preventivas)
- vermelha (manutenção do isolamento social)
“Ainda não há datas definidas para o início da fase de transição que será segura e gradual, em ondas. As condições de retorno vão depender da cidade e da unidade, e também das atividades e condições de saúde do empregado”, salientou a companhia estatal.
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Algumas medidas de segurança, por sua vez, serão mantidas, conforme informou o RH na última segunda-feira. O regime de trabalho à distância, por exemplo, deve permanecer em até três dias por semana à depender da orientação dos gerentes responsáveis por casa área.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP), associação que representa mais da metade dos funcionários da empresa, avalia, entretanto, que o fim do isolamento social como temerário. A entidade irá se reunir ainda nesta terça-feira para estudar um posicionamento à Petrobras.