Com Correios e Eletrobras (ELET3), governo prevê privatização de 9 estatais em 2021
O Ministério da Economia divulgou nesta quarta-feira (2) um cronograma para 2021 prevendo a privatização de nove empresas, entre as quais a Eletrobras (ELET3) e os Correios.
Segundo documento divulgado após reunião do conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), o governo federal planeja realizar leilões de desestatização da seguintes companhias estatais no próximo ano:
- Eletrobras;
- Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF);
- Empresa Gestora de Ativos (Emgea);
- CeasaMinas;
- Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb);
- Companhia Brasileira de Trens Urbanos de Minas Gerais (CBTU-MG);
- Correios;
- Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa);
- Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep).
No caso dos Correios e da Eletrobras, os dois certames ainda dependem de aprovação do Congresso para serem tocados, sendo que o projeto de lei que irá permitir a desestatização da empresa entregas ainda nem foi enviado pelo governo ao Legislativo.
A secretária do Programa de Parcerias de Investimentos, Martha Seillier, afirmou nesta quarta-feira que o texto deve ser encaminhado nos “próximos dias”. “PL dos Correios é importante para atrair parceiro privado”, disse a secretária em coletiva à imprensa após a 14ª reunião do conselho do PPI.
A expectativa do governo é de que a privatização das duas estatais aconteça no 4º trimestre de 2021. Sobre a Eletrobras, a secretária do PPI ressaltou que o processo de capitalização é “prioridade” do governo. “A empresa não participa de leilões há anos. Não abriremos mão do objetivo para a Eletrobras“, disse Seillier.
Para 2022, a equipe econômico do governo espera que possam ser feitos os certames de desestatização da Serpro, Dataprev e Telebrás.
Guedes diz que há acordos políticos que impedem privatizações
No último dia 18, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, enquanto participava de uma premiação realizada pela revista “Exame”, que um acordo político vem impedindo o andamento da agenda de privatizações do governo.
O economista destacou que prometeu anunciar quatro grandes privatizações em 90 dias, o que não aconteceu, porque havia um acordo entre as principais lideranças políticas para acelerar a pauta.
(Com informações do Estadão Conteúdo)