O subsecretário de Política Fiscal da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, Marco Cavalcanti, afirmou nesta segunda-feira (24) que o governo está revendo sua expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano.
Segundo Cavalcanti, o governo reduzirá a estimativa do crescimento do PIB para um valor mais próximo ao esperado pelo mercado. A projeção atual do governo é de 1,6%.
Inicialmente, a estimativa divulgada pelo governo era de 2,2%, entretanto, em maio foi reduzida para o valor atual.
O economista também falou sobre a divulgação da nova grade de parâmetros da Secretaria de Política Econômica (SPE). Os novos parâmetros devem ser divulgados antes do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, com publicação prevista para o mês de julho.
“Deve divulgar antes, possivelmente, está sendo estudada a melhor forma de divulgação da grade de parâmetros da SPE. Então não sei te precisar ainda a data, ainda está sendo pensada, mas possivelmente vai ser divulgada antes do relatório”, afirmou o subsecretário.
Entretanto, segundo Cavalcanti, a estimativa para o PIB e a divulgação dos parâmetros da SPE ainda estão sendo avaliadas pelo governo.
O subsecretário afirmou ainda que a nova projeção do PIB do governo deve se aproximar da estimativa divulgada pelo boletim Focus, do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira.
Boletim Focus
Os economistas entrevistados pelo Banco Central (BC) no Boletim Focus reduziram pela 17ª vez seguida a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019. Segundo o Boletim divulgado nesta segunda-feira, a economia brasileira deveria crescer apenas 0,87% esse ano.
Saiba mais: Boletim Focus indica 17a redução do PIB de 2019 para 0,87%
A previsão do Boletim Focus da última segunda-feira (17) indicava um crescimento do PIB de 0,97% em 2019. No começo do ano, os analistas indicavam um crescimento 2,6% para este ano.
As previsões de crescimento para 2020 foram mantidas em 2,20%. Assim como foi mantida a previsão de expansão do PIB de 2021 e de 2022 em 2,5%.