Governo do Pará retira embargos sobre produção da refinaria Alunorte
A Norsk Hydro informou nesta quarta (16) que o governo do Pará retirou os embargos sobre uma de suas refinarias. Com isso, a empresa pretende retomar a plena produção da unidade de Alunorte, localizada no polo industrial de Barcarena, em Belém.
A notícia impulsionou as ações da Norsk Hydro em Oslo – mais de 5%. O conglomerado industrial norueguês é um dos maiores produtores globais de alumínio. A Alunorte, por sua vez, é a maior refinaria de alumina do mundo.
A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) divulgou nesta quarta uma nota técnica cancelando o embargo. O comunicado dizia que as operações normais poderiam ser retomadas com segurança.
“A decisão da Semas é um reconhecimento importante de que as operações da Alunorte são seguras. Continuaremos o diálogo com as autoridades em busca da retomada total da produção”, declarou John Thuestad, vice-presidente-executivo de bauxita e alumina da Hydro no Brasil.
A refinaria operava com metade de sua capacidade desde o início de 2018. Os embargos do governo do Pará foram impostos em razão de irregularidades nas atividades da companhia. A norueguesa admitiu ter realizado emissões não autorizadas de água não tratada durante fortes chuvas.
Saiba mais: Norsk Hydro prevê retomada de 100% da Alunorte em semanas ou meses
Norsk Hydro vai esperar para retomar plena produção na Alunorte
Ainda que as ações tenham subido, a Norsk Hydro afirmou, entretanto, que ainda não vai retomar a plena produção. A empresa quer esperar que um tribunal federal brasileiro tome a mesma decisão de retirar os embargos. Apesar da suspensão do embargo da produção pela Semas, a Justiça Federal o mantém.
“Isso apoia nossa expectativa e uma previsão de que a produção pode ser retomada no segundo semestre de 2019”, disseram corretores do DNB Markets. A companhia oferece recomendação de compra das ações da Hydro.
Plenamente funcionando, a Alunorte tem capacidade de 6,4 milhões de toneladas de alumina. O valor representa 10% da capacidade mundial fora da China.