Governo investirá R$ 4,5 bi em infraestrutura durante o segundo semestre
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, anunciou nesta quinta-feira (2) que planejam investir entre R$ 4 bilhões e R$ 4,5 bi em obras de infraestrutura no segundo semestre do ano. Esse estímulo se somaria aos R$ 3,5 bilhões que já foram investidos no setor durante o primeiro semestre de 2020.
Em uma entrevista coletiva pela internet, Freitas também informou que “estão previstos R$ 250 bilhões de investimentos a ser contratados em licitações nos próximos dois anos e meio”. E adicionou que “tudo respeitando nossos pilares fiscais e o teto de gastos.”
De acordo com os dados divulgados pelo ministério, neste ano, já foram entregues 39 obras em 27 semanas. O número foi alcançado apesar de 23 dessas semanas terem sido entre março e junho, período mais afetado pela pandemia do coronavírus (covid-19) e sua consequente crise econômica, provocada pelas medidas de isolamento.
Segundo um levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com informações da ONG Contas Abertas, e obtido pelo O Globo, o investimento do governo federal em infraestrutura de transportes em 2019, de R$ 8,3 bilhões, foi o mais baixo da década. Algo que deteriora a popularidade do presidente Jair Bolsanaro.
Detalhes sobre o investimento em infraestrutura
Freitas explicou que “o presidente Jair Bolsonaro nos orientou a preservar [o setor de] logística, de modo que nos reunimos com o conselho de secretários dos estados para rever decretos, garantir a estrutura de suporte aos caminhoneiros e criar protocolos de segurança nos terminais aeroportuários”.
Adicionalmente, para o segundo semestre, estão previstas 33 obras e 14 leilões, sendo três concessões e 11 arrendamentos de portos, além de duas renovações de concessão de ferrovias, totalizando até R$ 4,5 bilhões.
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De acordo com o ministro de Infraestrutura, seu plano é transformar o ambiente de negócios “revendo regulações que prejudiquem o setor privado.” Além disso, Freitas cita como exemplo o plano de eliminar a ordem que exige que 15% dos investimentos em aeroportos venham obrigatoriamente de operadores do setor.