Em informações publicadas no site do Tesouro Nacional, nesta quinta-feira (30), foi divulgado que o Governo Central, em junho de 2020, registrou um déficit primário de R$ 194,7 bilhões (em valores nominais), frente a um déficit de R$ 11,8 bilhões em junho de 2019. O déficit registrado foi um recorde para o mês e foi justificado pelas medidas de combate e dos efeitos da crise de coronavírus (Covid-19). O dado é o mais fraco para o mês desde a série iniciada pelo Tesouro em 1997.
Os dados divulgados hoje não incluem o desempenho de estados e municípios – o chamado “setor público consolidado”. No acumulado do ano até junho, houve déficit primário de R$ 417,2 bilhões. No mesmo período do ano passado, foi registrado um déficit de R$ 29,3 bilhões.
O déficit primário do Governo Central acumulado em 12 meses (até junho deste ano) foi de déficit de R$ 483,9 bi, que equivale a 6,71% do PIB. “A atual projeção de déficit primário para o Governo Central é de R$ 787,4 bilhões em
2020, próximo a 11,0% do PIB”, informou o Tesouro.
No acumulado do primeiro semestre deste ano, a Previdência Social (RGPS) registrou déficit de R$ 195,4 bilhões, enquanto o Tesouro Nacional e o Banco Central apresentaram déficit de R$ 221,9 bilhões.
O documento publicado salientou que a reversão dos superávits
do Tesouro Nacional e Banco Central e o aprofundamento do déficit da previdência estão ligados, direta e indiretamente, à crise provocada pela pandemia de coronavírus.
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A receita do Governo Central em junho deste ano teve queda de 30,1%, para R$ 34,7 bilhões em termos reais, frente a junho de 2019, e ficou em R$ 80,6 bilhões.