O governo de Jair Bolsonaro quer aumentar o acesso de empresas aos currículos de desempregados que estão cadastrados no Sistema Nacional de Emprego (Sine).
A ideia é abrir os dados desses trabalhadores, voluntariamente, para aumentar a chance de vagas e potenciais empregados se “encontrarem” mais facilmente. O plano foi batizado de “Open Sine“.
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Economistas especializados em mercado de trabalho, segundo a Folha de S.Paulo, dizem que o descasamento é um dos fatores que contribuem para o desemprego. Isto é, mesmo que haja oferta e demanda, empregadores não conseguem encontrar o candidato certo, e pessoas desempregadas também não encontram vagas para seu perfil.
Embora tenha uma rede que alcança todo o Brasil, o Sine não é usado por muitas empresas. Elas preferem desenvolver sistemas próprios de recrutamento ou contratar agências especializadas.
O plano do governo é dar acesso aos dados que são coletados pelo Sine a essas agências e empresas que procurem por candidatos. Os dados de uma pessoa ficam no Sine quando, por exemplo, ela faz o registro de seguro-desemprego. Há nesse banco também os currículos de quem vai às agências estaduais em busca de emprego.
Assim, espera-se fomentar um mercado de empresas interessadas em fazer o pareamento, um “match” de vagas e candidatos. Isso seria feito por meio de aplicativos e novas tecnologias.
A secretaria encarregada
Os estudos para esse tipo de tecnologia começaram na nova secretaria especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, do Ministério da Economia. Quem comanda a secretaria é Carlos Costa. Com ele foi parar parte das atribuições que estavam no antigo Ministério do Trabalho, extinto pelo presidente Jair Bolsonaro.
“Precisamos entender quais são os dados [dos trabalhadores] que facilitam o ‘match’. Mas não seremos nós, o Estado, que vamos ter estrutura para captar as vagas de empresas e fazer esse ‘match’. Deixa startups fazerem isso, deixa o mercado se encarregar”, diz Costa.
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