O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (19), durante palestra em Congresso da Abrapp, que após a pandemia do coronavírus (Covid-19), o governo está ainda mais convencido do problema de imposto sobre a folha de pagamentos.
Segundo Guedes, “o debate sobre desoneração da folha de pagamentos estava interditado na Câmara”.
O ministro reforçou que o governo quebrou a trajetória de avanço dos gastos públicos, com a aprovação da reforma da previdência, a redução das despesas com juros da dívida, que irá cair R$ 120 bilhões este ano, e o congelamento do salário dos servidores, informou o economista.
Além disso, Guedes fez provocações ao governo de Michel Temer, dizendo que foi um governo de transição, que apresentou a reforma da Previdência, mas não conseguiu aprová-la e aumentou o salário do funcionalismo. “Temer colocou teto sem parede, parede são as reformas que fizemos.”
A capitalização como parte do regime de previdência o tornaria mais eficiente, mas não é prioridade mais neste governo, concluiu o ministro.
Guedes: descobrimos que há acordos políticos que impedem privatizações
O atual ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que um acordo político vem impedindo, em Brasília, o andamento da agenda de privatizações do governo. A afirmação foi feita na última quarta-feira (18), enquanto o economista participava de uma premiação realizada pela revista “Exame”.
Nesse sentido, o ministro destacou que só prometeu anunciar quatro grandes privatizações em 90 dias, o que não aconteceu, porque havia um acordo entre as principais lideranças políticas para acelerar a pauta. No entanto, o Guedes afirmou que, na “última hora”, descobriu que existem acordos políticos contra a agenda.
“Somos um governo de centro-direita, ganhamos as eleições dizendo que vamos transformar o Estado brasileiro, que vamos privatizar. Como é que pode ter um acordo político que impede as privatizações?”, apontou o ministro.
Apesar de não citar nomes desta vez, Guedes sinalizou acordos políticos de “centro-esquerda” contra o tema, e salientou que falta ao Brasil fazer uma “opção decisiva” pelas privatizações.
Vale lembrar que há pouco mais de um mês, o economista acusou o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) a agir contra as privatizações.
Além disso, no evento, Guedes citou a Eletrobras, Correios, PPSA e porto de Santos entre as companhias públicas a serem transferidas para o setor privado.
Com informações do Estadão Conteúdo.