Na última terça-feira (17), o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo federal deve desbloquear até R$ 14 bilhões do Orçamento.
“Tínhamos feito um contingenciamento no início do ano, começamos a descontingenciar agora. Já vem aí R$ 12 [bi], R$ 13 [bi], R$ 14 bilhões”, afirmou Paulo Guedes em um evento para empresários do segmento varejista, em Brasília.
Ainda segundo Guedes, é aguardado que “uns R$ 8 (bilhões)” sejam liberados até o final do ano.
“Não cabe falarmos de crescimento nesse primeiro ano, porque, na verdade, estamos com dificuldade ainda de fechar o orçamento, mas a economia já está mostrando uma reação”, disse o ministro.
Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil, havia dito mais cedo que até o fim do mês, mais de R$ 8,3 bilhões seriam liberados. Dessa quantia, R$ 1,9 bilhão seria destinado ao Ministério da Educação.
De acordo com Lorenzoni, a decisão foi tomada na última segunda-feira (16), em reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO). Segundo ele, haverá uma “conversão de consolidação” nesta quarta (18), para que as portarias e o decreto que estabelecem a distribuição dos valores fiquem prontos até o fim desta semana ou da semana que vem.
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Até a próxima sexta-feira (20), quando será divulgado o próximo relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, o governo anunciará o valor oficial que será liberado. No total, já foram bloqueados R$ 30 bilhões em despesas públicas.
Paulo Guedes acredita no crescimento do PIB
Paulo Guedes afirmou na última sexta-feira (13) que o Produto Interno Bruto (PIB) pode crescer até 2,5% no próximo ano.
As reformas, como a da Previdência e a tributária, foram apontadas como fatores que, caso sejam aprovados, podem ocasionar a alta do PIB.
“Quem fez o Orçamento do ano passado foi o outro governo, eles botaram (crescimento de) 2,5%, e eu sabia que não ia ser 2,5% porque não fizemos as reformas. Agora, sim, fizemos as reformas e quem sabe ano que vem vai ser 2,5%”, afirmou o ministro.
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No entanto, o ministro afirmou que o crescimento econômico pode ser de “1%, 1,5%”, ao depender de como o País reagirá às reformas no próximo ano.
Para 2019, Paulo Guedes declarou que ainda não ter convicção se o crescimento da economia brasileira será de 0,8% ou 1%.