O secretário de Desestatizações e Desinvestimentos do Ministério da Economia, Salim Mattar, afirmou nesta terça-feira (18), que o governo descarta a privatização do Banco do Brasil (BBAS3), Caixa Econômica Federal e Petrobras (PETR4).
Além disso, o secretário acrescentou que a privatização da Eletrobras (ELET6) deverá ocorrer em 2020. O modelo de negócios da capitalização da companhia elétrica será concluído nos “próximos dias”.
“Estamos alinhavando e finalizando a melhor modelagem para o mercado e para o governo. Temos que vender a perda de controle pelo melhor valor possível, zelando pelo bem público. Teremos a modelagem pronta nos próximos dias”, disse Mattar, durante evento do BTG Pactual.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o presidente do Senado, Davi Alcolubre, segundo o secretário, estão alinhados com a estratégia. “As conversas estão indo muito bem. Temos grandes aliados na Câmara e no Senado”.
“Estamos finalizando a modelagem para o mercado e para o governo, pois como é uma empresa que pertence ao pagador de impostos, temos de vender a perda de controle pelo melhor valor possível”, disse Mattar.
Governo deve retirar a privatização da Eletrobras do Orçamento 2020
O governo informou em meados de janeiro que estudava retirar a arrecadação prevista com a privatização da Eletrobras das receitas do Orçamento de 2020. O Ministério da Economia previa receber R$ 16,2 bilhões com a venda da companhia elétrica.
Veja Também: Eletrobras levanta US$ 1,25 bilhão com emissão de títulos de dívida no exterior
Em entrevista à agência de notícias Bloomberg, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse que o bloqueio se deve às crescentes incertezas em relação a privatização da Eletrobras, que ainda precisa do aval do Congresso. “Se não houver evolução no projeto da estatal nesse início de ano, vamos ter que contingenciar o Orçamento em R$ 16 bilhões”, afirmou Mansueto.