Mais de 500 funcionários do governo federal foram exonerados durante o ano de 2018. O levantamento é do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU).
A razão da maior parte da demissões foi a corrupção. Foram 371 funcionários demitidos por esse motivo, ou 65% dos casos. Do número total, 467 demissões foram de servidores efetivos, 26 em cargos comissionados e 73 tiveram suas aposentadorias cassadas.
Saiba mais: Paulo Guedes é investigado por fraude em fundos de pensão
Em 2017, foram registradas 424 demissões de servidores efetivos. Destas, foram 56 cassações de aposentadorias e 26 destituições de cargos comissionados. Os dados não incluem empregados de empresas estatais. Naquele ano, corrupção também foi o motivo da maior parte das exonerações. A proporção é quase idêntica à de 2018: 66% do total, ou seja, 335 demissões.
Há vários os atos relacionados à corrupção. São estes: valimento do cargo para lograr proveito pessoal, recebimento de propina ou vantagens indevidas, utilização de recursos materiais da repatriação em serviços ou atividades particulares, improbidade administrativa, lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional.
Os servidores exonerados se enquadram na Lei da Ficha Limpa. Portanto, ficam inelegíveis por oito anos. Dependendo do tipo de infração cometida, também podem ficar impedidos de voltar a exercer cargo público.
Os números deste ano são os mais altos desde 2003, época em que o levantamento começou a ser feito. Desde então, são mais de 7 mil funcionários demitidos de suas funções no governo federal. O número total compreende demitidos por corrupção e outras causas.