O governador de São Paulo, João Doria, anunciou há pouco que vai iniciar a vacinação contra a Covid-19 no Estado de São Paulo no dia 25 de janeiro de 2021. Serão imunizadas 9 milhões de pessoas, com 18 milhões de doses da Coronavac, até o dia 28 de março de 2021.
Cada pessoa receberá duas doses, com o intervalo de 21 dias entre cada uma.
Além disso, o governo de São Paulo vai oferecer 4 milhões de doses da vacina, a partir de 25 janeiro, para outros estados do país que solicitarem a vacina.
A vacinação em São Paulo vai começar com idosos e profissionais de saúde, conforme o seguinte cronograma:
- Trabalhadores da saúde, indígenas e quilombolas: Primeira dose em 05 de janeiro e segunda dose em 15 de fevereiro.
- Pessoas com 75 anos ou mais: Primeira dose em 8 de fevereiro e segunda dose em 1º de março.
- Pessoas com 70 a 74 anos: Primeira dose em 15 de fevereiro e segunda dose em 8 de março.
- Pessoas com 65 a 69 anos: Primeira dose em 22 de fevereiro e segunda dose em 15 de março.
- Pessoas com 60 a 64 anos: Primeira dose em 1º de março e segunda dose em 22 de março.
De acordo com o governador de São Paulo, a escola do público foi feita de acordo com o número de incidências de mortes por coronavírus. Segundo ele, 77% das mortes ocorreram em pessoas com mais de 60 anos.
O estudo acerca da eficácia da Coronavac deve ser divulgado até semana que vem. Caso tudo correr bem, o registro será pedido imediatamente na Anvisa. A Coronavac está sendo desenvolvida pela chinesa Sinovac e será produzida pelo Instituto Butantã.
São Paulo contará com até 10 mil postos de vacinação
A rede de vacinação do Estado conta com 5,2 mil postos de vacinação, mas será ampliada para até 10 mil postos. Isso será feito com a inclusão de farmácias credenciadas, quartéis, escolas, terminais de ônibus e vacinação em sistema de “drive thru”.
A campanha de vacinação vai envolver 54 mil profissionais de saúde e 25 mil agentes de segurança, incluindo policiais militares, civis e agentes da Guarda Civil Metropolitana.
Serão usadas 5,2 mil câmaras de refrigeração e 30 caminhões refrigerados em 2,1 mil viagens para transporte da vacina. O horário da vacinação ficará entre 7h e 22h, a critério de cada município, e poderá ser ampliado para finais de semana e feriados, entre 7h e 17h.
Durante a coletiva de imprensa, Doria declarou que a união de todos deve se sobrepor à “guerra ideológica” neste momento. “Na luta contra a vida não há espaço para o negacionismo”, afirma. Segundo ele, São Paulo não está “virando as costas” para o plano nacional de imunização, mas precisa se antecipar.
“Por que iniciar a vacinação dos brasileiros em março, se podemos fazer isso em janeiro?”, questionou. Ele destacou que 600 pessoas perdem a vida no Brasil por causa da doença. Além disso, afirmou que a vacinação em março vai coincidir com a campanha de vacinação contra a gripe, o que não é bom.
Na coletiva, o governo de São Paulo afirmou que a Coronavac é a vacina mais segura contra o coronavírus e que 94,7% dos pacientes não mostram nenhum efeito adverso.
Outros países fizeram a opção pela vacinação com a Coronavac, como China, Indonésia e Turquia.
