O comitê de contingência da covid-19 do estado de São Paulo indicou nesta quarta-feira (7), durante coletiva, que a fase emergencial provavelmente será prorrogada. Vigente desde o dia 15 de março, ela está prevista para acabar, por enquanto, no dia 11 de abril, próxima segunda. A decisão, porém, será tomada apenas na sexta-feira (9).
“O centro de contingência está discutindo a situação. Conseguimos uma desaceleração, já há indicadores de melhora. Estamos discutindo a necessidade da extensão ou não da fase emergencial, isso vai ser feito até sexta-feira. É bem provável que nós continuemos com níveis de restrição que temos hoje por mais algum tempo, mas vamos aguardar os próximos dias”, afirmou Paulo Menezes, membro do comitê.
Na fase emergencial, ficam proibidas as celebrações religiosas, as práticas esportivas coletivas e o uso de praias e parques. Além disso, alguns setores e serviços, que possuíam autorização para funcionar durante a fase vermelha, foram proibidos de operar – escritórios administrativos, repartições pública e serviços de telecomunicação, por exemplo, foram obrigados adotar o home office.
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Na fase emergencial, ficam também proibidos a todos os comércios qualquer tipo de serviço take away, ou seja, a retirada em loja, sendo permitido apenas as entregas feitas em casa, o delivery.
Comerciantes pressionam por fim da fase emergencial
Na semana passada, os comentários eram de que o governo de São Paulo não iria prorrogar a fase emergencial. As sinalizações dos governantes, porém, foram dúbias nos últimos dias: ao mesmo tempo em que as autoridades afirmam que as internações caíram 4,9%, nesta terça-feira (6), o estado bateu um novo número de recorde de mortes pela covid-19 em 24 horas, com 1.389 vitimas.
Hoje, o secretário de Saúde do estado, Jean Gorinchteyn, apontou que após 21 dias com mais de 90% de ocupação de leitos, o estado registrou uma taxa de 89,8%.
O governo vem sofrendo maior pressão por parte dos comerciantes. Também nesta terça, a Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce) subiu o tom contra João Dória em entrevista à revista Veja, afirmando que o governo age de forma discricionária, “escolhendo quem pode abrir ou não”, o que, em breve, aumentará o desemprego.
Nesse sentido, sobre a postergação da fase emergencial, João Dória afirmou que “não cabe fazer avaliação sobre a decisão da ciência” e que seguirá as decisões do Centro de Contingência.