O secretário executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, informou que não serão mais criados subsídios para empresários. De acordo com o número dois da pasta, os pacotes de incentivo e de proteção não serão mais adotados. As informações foram dadas em entrevista ao “Estadão/Broadcast”.
Com essa postura, Guaranys afirma que o objetivo do governo é incentivar a competitividade entre os empresários. Dessa forma, o crescimento seria impulsionado.
A posição do Ministério da Economia vai em sentido oposto ao feito nos governos anteriores. No entanto, o zero dois da pasta confirmou a alteração no modelo. “É um novo mundo. A gente não tem dinheiro para gastar, mais benefício para dar”, afirmou Guaranys na entrevista.
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A medida ocorre em um momento em que os empresários seguem preocupados com as condições econômicas do País. Uma das preocupações são as expectativas para o PIB de 2019, além do andamento da reforma da Previdência.
Segundo Guaranys, as medidas na área econômica vão além da Previdência. Sendo assim, ele afirma que o ministério prepara ações que visam principalmente melhorar a competitividade do Brasil. Atualmente, o País está na 80ª posição neste quesito, entre um total de 187 nações.
Na avaliação do secretário executivo, a situação do Brasil hoje é explicada pela burocratização das operações. O governo preparou uma série de Medidas Provisórias para alterar regulamentações no setor, como por exemplo:
- reformulação dos ministérios;
- combate a fraudes na Previdência;
- entrada do setor privado na área de saneamento;
- capital estrangeiro nas empresas aéreas.
A escolha por medidas provisórias se deu pelo fato de não precisarem, de início, da aprovação do Congresso para valerem como lei.
Receio com o PIB
O receio dos empresários com o PIB e com a economia brasileira vem principalmente das baixas previsões para o crescimento do País. Economistas entrevistados pelo Banco Central (BC) para o Boletim Focus reduziram pela décima vez a previsão de crescimento do PIB em 2019. Pela primeira vez, a expansão da economia brasileira está prevista abaixo de 1,5%.
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Segundo os analistas do mercado financeiro, o PIB brasileiro crescerá de apenas 1,49% em 2019. No começo do ano era previsto um crescimento 2,6% para este ano, o que traz preocupações e cautela aos empresários do País.