A equipe de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro recebeu alertas do governo a respeito do setor aéreo do País. Segundo a gestão Michel Temer, os principais aeroportos brasileiros estão quase sobrecarregados.
Conforme as projeções, os aeroportos de Congonhas e Guarulhos vão chegar ao limite de sua capacidade de aeronaves nas pistas em 2020 e 2022. São os dois maiores do País.
Se Congonhas e Guarulhos ficarem completamente saturados, o aeroporto de Viracopos, em Campinas, poderia absorver a demanda reprimida. Mas isso só seria possível caso fosse implementada uma nova pista em 2026.
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Esses três aeroportos concentram 36% dos voos nacionais. A previsão é que fecham 2018 com 72 milhões de passageiros. Esse número, entretanto, deve chegar a 180 milhões daqui vinte anos. A projeção é do Ministério dos Transportes.
Mas as companhias aéreas consideram que Congonhas e Guarulhos já enfrentam problemas. Isto é, existe uma escassez de vagas para pousos e decolagens nos horários de maior demanda. Há alternativas, como a construção da terceira pista em Guarulhos ou mais duas em Viracopos. Além disso, uma opção é redistribuir o excedente da demanda para o Rio de Janeiro – vista como uma solução ruim. As outras, no entanto, exigem altos investimentos.
A evolução da movimentação de passageiros nos aeroportos
- 2009: 129,7 milhões
- 2010: 158,4 milhões
- 2011: 185,1 milhões
- 2012: 199,8 milhões
- 2013: 203,9 milhões
- 2014: 216,6 milhões
- 2015: 217,1 milhões
- 2016: 201,3 milhões
- 2017: 206,1 milhões
Projeção da capacidade dos aeroportos
Limite da capacidade:
- 2018: 285 milhões
- 2023: 285 milhões
- 2028: 285 milhões
- 2038: 285 milhões
Demanda projetada:
- 2018: 216,6 milhões
- 2023: 257,5 milhões
- 2028: 318,6 milhões
- 2038: 537,3 milhões