Governo deve adquirir R$ 18 bilhões com capitalização da Eletrobras

O processo de capitalização da Eletrobras deve render a União um valor aproximado de R$ 18 bilhões. Os fundos serão adquiridos por meio do lançamento de novos títulos por parte da empresa. Dessa forma, o total movimentado pode ser de R$ 30 bilhões a R$ 36 bilhões.

Do valor adquirido, parte irá para o governo como bônus por conta da concessão. Entretanto, a Eletrobras quer uma renovação mais requisitada de suas concessões por parte da União.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse em entrevista a GloboNews que este modelo de capitalização será entregue ao presidente da República. Sendo assim, com o aval de Jair Bolsonaro (PSL), uma decisão deve ser tomada, pelo Congresso, em um período máximo de duas semanas.

O modelo de capitalização apresentado era esperado para o final de junho, porém não foi possível. Mesmo assim, Albuquerque disse que o processo deve ser concluído até o final de 2019.

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“Estamos cumprindo o cronograma que está sendo feito com método e vamos apresentar porque são vários atores envolvidos nisso. Temos que ver aquilo que implica em alteração de legislação se for o caso. Então é um processo bastante complexo, mas estamos cumprindo o cronograma.”, afirmou.

Ainda segundo o ministro, o objetivo do Governo com a capitalização é proporcionar que a empresa continue expandindo sua atuação no setor elétrico sem usar recursos do governo.

Agora, com este procedimento, o governo deve aumentar sua participação no mercado de investidores privados. Segundo Albuquerque, não há motivos para a Eletrobras permanecer como estatal nos dias atuais.

Albuquerque defendeu a capitalização. “Esse é o modelo mais aplicado hoje no mundo, 70% das empresas desse porte da Eletrobras no mundo são ‘corporations’, são empresas que foram capitalizadas e que o Estado tem uma participação”, afirmou.

Plano Nacional de Biocombustíveis

No dia 1 de julho, o ministro de Minas e Energia compareceu ao evento da Fiesp que tinha como tema principal o Plano Nacional de Biocombustíveis, conhecido como RenovaBio.

De acordo com Albuquerque, a ideia é que o plano traga R$ 1,3 trilhão de investimento em um período de 10 anos. Além disso, o ministro recordou que o Conselho Nacional de Politica Energética (CNPE) aprovou as metas do RenovaBio até 2029.

A política consiste no reconhecimento do papel estratégico dos diferentes tipos de biocombustíveis na matriz energética do País. Com isso, o governo pretende reduzir a emissão dos gases que causam o efeito estufa.

Segundo o ministro de Minas e Energia, “não vão faltar interessados” para comprar ações da Eletrobras.

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Juliano Passaro

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