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Governador Ibaneis Rocha exonera secretário de Segurança Pública do DF

Ibaneis Rocha. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ibaneis Rocha. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), acabou de exonerar o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. O governador confirmou a decisão na rede social Twitter. A determinação ocorreu minutos antes de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretar intervenção federal no governo do DF.

“Determinei a exoneração do Secretário de Segurança DF, ao mesmo tempo em que coloquei todo o efetivo das forças de segurança nas ruas, com determinação de prender e punir os responsáveis. Também solicitei apoio do governo federal e coloco o GDF [governo do Distrito Federal] à disposição do mesmo”, escreveu o governador nas redes sociais. Ibaneis informou estar em Brasília, monitorando as manifestações e tomando todas as providências para “conter a baderna antidemocrática na Esplanada dos Ministérios”, disse Ibaneis Rocha.

Há duas horas, Torres postou, na rede social Twitter, que tinha determinado “providências imediatas para o restabelecimento da ordem no centro de Brasília”. Há cerca de meia hora, voltou a escrever, classificando de “inconcebível” a desordem e o desrespeito às instituições e dizendo que “criminosos não sairão impunes”.

A exoneração do secretário de segurança ocorre após o Partido Verde (PV) anunciar que pedirá ao Supremo Tribunal Federal (STF) a intervenção federal no Governo do Distrito Federal após as manifestações radicais no DF. “A intervenção faz-se necessária pela total falta de controle da situação atual por parte do governo Ibaneis Rocha”, escreveu o PV em nota.

Nas redes sociais, o líder do Governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), também tinha informado que pedirá, em conjunto com a Presidência do PT, junto à Procuradoria-Geral da República, a intervenção na Segurança Pública do DF. O presidente Lula acabou decretando a intervenção federal no DF.

À Agência Brasil, o comando da Polícia Militar do DF informou que o órgão só executa ordens determinadas pela Secretaria de Segurança Pública. Segundo a PM, cabe à secretaria definir o efetivo e o esquema de segurança.

Manifestantes apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro inconformados com o resultado das eleições invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). A invasão começou após a barreira formada por policiais militares na Esplanada dos Ministério, que estava fechada, ter sido rompida. O Congresso Nacional foi o primeiro a ser invadido, com os manifestantes ocupando a rampa e soltando foguetes. Depois eles quebraram vidro do Salão Negro do Congresso e danificaram o plenário da Casa.

Após a depredação no Congresso, eles invadiram o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). No STF, quebraram vidros e móveis.

As imagens mostram que o efetivo de policiais militares que estava nas proximidades do Congresso Nacional usou sprays de pimenta em uma tentativa sem sucesso de conter os manifestantes que entoavam palavras de ordem golpistas.

Via redes sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que “essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer”. Ele acrescentou ter ouvido do governo do Distrito Federal que o efetivo seria reforçado. “As forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça”, escreveu o ministro.

Ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e atual secretário de Segurança Pública do Governo do Distrito Federal, Anderson Torres, que se encontra nos Estados Unidos, disse, via Twitter, ter determinado ao setor de operações “providências imediatas para o restabelecimento da ordem no centro de Brasília”.

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, disse nas redes sociais, que tem certeza que a maioria dos brasileiros quer união e paz para que o Brasil siga em frente. “Essa manifestação é de uma minoria golpista que não aceita o resultado da eleição e que prega a violência. Uma minoria violenta, que vai ser tratada com o rigor da lei”.

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