O Google (NASDAQ: GOOGL) poderá ter uma contração em sua receita de anúncios devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A informação foi relevada pela consultoria eMarketer, escritório de pesquisa de mercado que fornece informações e tendências relacionadas ao marketing digital, mídia e comércio.
Desde que começou a acompanhar o desempenho do Google, em 2008, o eMarketer registrou crescimento de dois dígitos a cada ano, com exceção do período da crise financeira do subprime. Mesmo a gigante da tecnologia não divulgando essas informações, a consultoria estima que esse segmento da receita deverá cair em 2020.
Diferentemente de 12 anos atrás, a pandemia fez com que os gastos com marketing de alguns dos maiores anunciantes do Google fossem cortados, como empresas do setor de turismo. Segundo a consultoria, também não é claro como esses anunciantes vão se portar após a pandemia.
“O maior culpado aqui é a indústria de viagens, que foi a mais afetada pela pandemia em geral, e concentrou os gastos no Google no passado”, disse Nicole Perrin, analista principal da eMarketer, segundo reportou o jornal “The Wall Street Journal”.
“Já ouvimos declarações de grandes empresas de viagens, como a Expedia (NASDAQ: EXPE), que normalmente gastam bilhões de dólares no Google, principalmente em pesquisas, que estão diminuindo os gastos e nas pesquisas” até o final do ano, disse Perrin.
O CEO da Expedia, Peter Kern, disse em uma teleconferência com investidores no mês passado que a pandemia ofereceu à companhia uma “oportunidade de uma redefinição completa” dos gastos com publicidade tradicionalmente pesados em pesquisas.
De acordo com o jornal, a indústria de viagens representou 11% da receita de anúncios do Google no ano passado. Ainda segundo o eMarketer, a Amazon (NASDAQ: AMZN) também está cortando seus gastos com a pandemia.
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Segundo a consultoria, a receita bruta de publicidade do Google nos EUA cairá 4% em 2020. O mercado de publicidade on-line estadunidense, entretanto, deve cair de forma mais acentuada, 7%.