Google: Inteligência Artificial causará mudança mais profunda que a eletricidade
O CEO da Alphabet, Sundar Pichai, empresa controladora do Google, discursou, nesta quarta-feira (22) em Davos, na Suíça, sobre a importância que a Inteligência Artificial (IA) terá para a humanidade ao longo dos próximos anos.
“A Inteligência Artificial é uma das coisas mais profundas em que estamos trabalhando como humanidade. É mais profundo do que o fogo ou a eletricidade”, afirmou o presidente-executivo da Google em entrevista no Fórum Econômico Mundial.
A Alphabet já precisou enfrentar problemas relacionados ao seu papel no desenvolvimento da Inteligência Artificial. Em um deles, teve de administrar protestos de colaboradores contra seu trabalho em tecnologia para o governo norte-americano.
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Em 2018, um grupo de engenheiros de software da empresa atrasou, propositalmente, o desenvolvimento de um recurso de segurança que teria ajudado a empresa a fechar contratos militares.
Propósito da Inteligência Artificial do Google
Embora o Google não descarte vendas para militares, tem divulgado uma série de princípios de Inteligência Artificial que proíbem projetos com armas. Além disso, se comprometeu em não renovar seu contrato com o Project Maven, que utiliza a inteligência artificial para analisar imagens de drones.
Funcionário do Google desde 2015, Pichai assumiu o controle da Alphabet após os fundadores Larry Page e Sergey Brin terem deixado as atividades da empresa.
“A Inteligência Artificial não é diferente do clima”, afirmou Pichai. “Você não pode obter segurança com um país ou um conjunto de países trabalhando nela. Você precisa de uma estrutura global.”
Segundo o executivo, o esquema regulatório da tecnologia nos Estados Unidos e na Europa são um “grande começo”, e os países terão que trabalhar juntos em acordos internacionais, semelhantes ao Acordo Climático de Paris, realizado em 2015, para garantir que a tecnologia seja desenvolvida com responsabilidade.
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Antes de chegar a Davos, Pichai parou em Bruxelas e, em seu discurso, pediu aos reguladores que coordenassem abordagens para inteligência artificial. A União Europeia (UE) deve anunciar novas regras para os desenvolvedores de inteligência artificial em “setores de alto risco”, como assistência médica e transporte, segundo informações da agência de notícias “Bloomberg”.
Tecnologias como reconhecimento facial podem ser usadas para o bem, como encontrar pessoas desaparecidas, ou ter “consequências negativas”, como vigilância da população, disse presidente do Google.