A empresa matriz do Google, a Alphabet (GOGL34), anunciou nesta sexta-feira (20) que planeja demitir o total de 12 mil funcionários ao redor do mundo.
A decisão anunciada pela gestão do Google vem dias após outras gigantes da tecnologia anunciarem cortes de funcionários igualmente grandes, como a Meta (M1TA34), a Amazon (AMZO34) e a Microsoft (MSFT34).
“Decidimos reduzir nossa força de trabalho em aproximadamente 12 mil empregos”, disse o CEO da Alphabet, Sundar Pichai, em um e-mail enviado aos funcionários.
“Os postos que estamos removendo refletem o resultado dessa revisão. O fato de essas mudanças terem um impacto na vida dos ‘Googlers’ pesa muito sobre mim e assumo toda a responsabilidade pelas decisões que nos trouxeram até aqui”, acrescentou o executivo.
Segundo o CEO, a decisão se dá em virtude de uma “realidade macroeconômica difícil e distinta”. O motivo é o mesmo que consta em memorandos e anúncios de outras big techs, que sofrem com o aumento de juros nos Estados Unidos, dada a condução da política monetária pelo Federal Reserve (Fed).
A demissão em massa deve afetar funcionários de todas as áreas da companhia, incluindo setores como recrutamento, equipes de engenharia e produtos.
A gestão já entrou em contato diretamente com os funcionários que serão afetados pelo corte massivo.
- Americanas (AMER3): Sergio Rial aponta falta de transparência e revela motivo da demissão após descobrir rombo bilionário
- Facebook (M1TA34), Amazon (AMZO34): as demissões em massa nas empresas de tecnologia
- STF proibirá a demissão sem justa causa? Veja o andamento do julgamento
- Twitter (TWTR34): Brasil é afetado com demissão em massa por Musk
Em uma alta na competitividade do mercado de tecnologia, a companhia havia subido seus salários e buscou novos talentos, como outros concorrentes.
Agora, a concorrência se acirrou com a Microsoft liderando o mercado de inteligência artificial, além do cenário macroeconômico desfavorável.
Além do Google, veja mais demissões em big techs
Conforme reportado pelo Suno Notícias, a Amazon (AMZO34) planeja uma redução no quadro de funcionários que cortará 18 mil empregos em 2023.
Caso seja concretizada, essa demissão em massa poderá ser a maior da história da Amazon e também a maior dentre os anúncios recentes de companhias de tecnologia.
A demissão em massa representa uma redução de cerca de 6% da mão de obra corporativa da Amazon, que soma cerca de 300 mil empregados.
Em meados de novembro do ano passado, o The New York Times reportou que os planos da companhia eram de cortar 10 mil empregos.
A Amazon é atualmente a segunda maior empregadora dos Estados Unidos. Se considerados todos os trabalhadores da Amazon, a força de trabalho chega a 1,5 milhão de pessoas, deixando-a apenas atrás Walmart, que emprega 2,3 milhões, segundo dados da consultoria Statista.
Além disso, recentemente a Microsoft anunciou que desligará 10 mil funcionários em todo o mundo até final de março.
Assim como outras empresas de tecnologia, durante a pandemia a big tech expandiu suas operações. De 2019 para cá, mais de 75 mil pessoas foram contratadas pela companhia. Mesmo que a receita anual da Microsoft tenha crescido 58% nos últimos três anos, os cortes são justificados pela empresa pela incerteza econômica e desaceleração do setor de tecnologia nos EUA.
Embora vise o corte de despesas, as demissões na Microsoft, segundo o comunicado divulgado pela empresa, contabilizarão US$ 1,2 bilhão em seu balanço referente a custos de rescisões contratuais.
Veja abaixo outros cortes em companhias de tecnologia:
- Adobe (ADBE34): corte de 100 funcionários nos EUA da área de Vendas;
- Apple (AAPL34): maioria das áreas da empresa tiveram contratações interrompidas;
- App 99: cerca de 100 funcionários demitidos em 2022;
- Clicksign: corte de 100 funcionários em 2022;
- HP (HPQB34): demitirá de 4 mil a 6 mil funcionários até o final de 2025;
- Intel (ITLC34): demissão de 20% de seu corpo de funcionários em 2022;
- Loft: corte de 855 funcionários em 2022;
- PagSeguro (PAGS34): corte de 7% dos funcionários em janeiro de 2023;
- SalesForce: corte de 10% do quadro de funcionários até o fim de 2024;
- Twitter (TWTR34): demissão de 3,7 mil funcionários desde o comando de Elon Musk;
- Vimeo: cortará 11% da sua força de trabalho em 2023.
Com a demissão em massa recém anunciada, o Google passa então a entrar para este rol.