As ações da holding Alphabet (GOOGL), controladora do Google, apresentaram queda na Bolsa de Valores de tecnologia norte-americana (Nasdaq). Deste modo, no fechamento os papeis caíam 6,12% a US$ 1.038,74 nesta segunda-feira (3). O declínio foi estimulado pela publicação do “Wall Street Journal (WSJ)” que afirma que a empresa poderá se tornar alvo de investigação antitruste.
No Brasil, o Google é negociado por meio de Brazilian Depositary Receipts (BDRs) na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), que não equivalem integralmente à uma ação da Nasdaq. Também no fechamento, os BDRs do Google (GOGL34) caíam 8,85% a R$ 160,79.
Outras gigantes de tecnologia também apresentavam queda na Nasdaq e na B3, no fechamento, confira:
- Facebook: ações (FB) na Nasdaq tinham queda de 7,51% com cotação de US$ 164,15.
- Facebook: BDRs (FBOK34) na B3 tinham queda de 8,95% com cotação de R$ 319,37.
- Amazon: ações (AMZN) na Nasdaq tinham queda de 4,64% com cotação de US$ 1.692,69.
- Amazon: BDRs (AMZO34) na B3 tinham queda de 9,56% com cotação de R$ 3.262,00.
Possível investigação antitruste mira Google
De acordo com a publicação do WSJ do sábado (1), o Google deverá ser alvo de investigação antitruste do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ, na sigla em inglês). Isto significa que o órgão analisará se a companhia está vinculada à formação de trustes, cartéis e/ou monopólios.
Conforme o “Business Insider”, a investigação será baseada nas práticas competitivas do buscador Google. Bem como outros segmentos da holding Alphabet, como:
- a plataforma de compartilhamento de vídeos Youtube;
- e a empresa de desenvolvimento de tecnologia para carros autônomos Waymo.
No passado, o Google já havia sido alvo de investigação similar. Contudo, em 2013, o Federal Trade Commission (FTC) decidiu não tomar medidas legais contra a empresa. Isto, pois, o Google aceitou alterar certas práticas do negócio voluntariamente.
Tanto o FTC como o DOJ tem jurisdição para averiguar as práticas competitivas da gigante multinacional.
A investigação é resultado de pedidos de regulamentação mais fortes para o Google e outras gigantes de tecnologia, como Facebook e Amazon. Os pedidos foram feitos por candidatos presidenciais democratas dos Estados Unidos, como Amy Klobuchar e Elizabeth Warren.
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Argumentos
De acordo com o WSJ, os defensores de regulamentações mais fortes para as gigantes tecnológicas afirmam que o tamanho das empresas são proporcionais às vantagens de rede, data caches, e economias com escalas que podem tornar-se um desafio para novos rivais terem sucesso.
Contudo, aqueles que apoiam as multinacionais de tecnologia, como o Google, afirmam que o setor tem tanto dinamismo que não demorará muito para essas gigantes serem ultrapassadas. Contudo, o poder e o alcance destas empresas continuam crescendo.
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