A Alphabet, controladora do Google, registrou uma receita de US$ 136,82 bilhões em 2018. O valor é bastante superior (22%) ao alcançado em 2017, de US$ 110 bilhões, apesar da crescente pressão pública sobre as gigantes da tecnologia. A empresa divulgou nesta segunda (4) seu balanço do período.
A receita do Google no quarto trimestre do ano foi de US$ 39,28 bilhões, superior ao que o mercado esperava (US$ 38,91 bilhões). No terceiro trimestre de 2018, a empresa somou US$ 33,74 bilhões. A receita do quarto trimestre de 2017 foi de US$ 32,3 bilhões.
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O Google teve lucro por ação (LPA) de US$ 12,77. O resultado é outro que superou as expectativas, que estavam em US$ 10,88. No quarto trimestre de 2017, o lucro por ação foi de US$ 13,06.
O chamado custo de aquisição de tráfego, uma medida de pagamentos do Google para empresas terceiras (como operadoras de telefonia móvel para fazer anúncios, por exemplo) subiu para US$ 7,4 bilhões no trimestre. No mesmo período de 2017, o valor era de US$ 6,5 bilhões. Esses custos estão aumentando gradativamente sobre a receita da empresa, já que ela depende mais da publicidade móvel.
O Google cresceu significativamente em força de trabalho nos últimos anos. A empresa de Mountain View conta atualmente com quase 100 mil funcionários. É mais do que o dobro do que havia cinco anos atrás.
Por estar embrenhada pela indústria de tecnologia, a Alphabet é tida como um termômetro para as empresas do Vale do Silício. Os resultados mostram que o impacto da opinião pública foi limitado sobre os lucros da empresa. Ao contrário das concorrentes, que tiveram uma grande exposição negativa na imprensa por conta de polêmicas com violação de privacidade dos usuários, o Google ficou fora das manchetes.
Nesta segunda, as ações do Google caíram 2,4%, para US$ 1.113,54, após o fechamento do mercado, posterior à publicação do balanço.
