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Goodyear interrompe atividades e fecha fábrica na Venezuela

Venezuela

Bandeira da Venezuela. (divulgação)

A fabricante de pneus norte-americana Goodyear fechou sua única fábrica na Venezuela. Desta forma, a empresa encerrou suas atividades no país na última segunda-feira (10).

Os funcionários encontraram a empresa fechada, na cidade industrial de Valência, e com um comunicado na porta. “Goodyear da Venezuela foi forçada a interromper suas operações em sua fábrica localizada em Valencia, estado Carabobo”.

A fabricante de pneus garantiu que está com os salários em dia. Também afirmou que será disponibilizado um valor adicional nos próximos dias. Além disso, cada funcionário terá direito a dez pneus.

A Venezuela está passando por uma grava crise econômica e social, devido a alta desenfreada da inflação e a recessão.

De acordo com a Assembleia Nacional que aconteceu na última segunda-feira (10), os preços para os consumidores tiveram alta de 1.300.000%, nos últimos 12 meses até novembro.

O Fundo Monetário Internacional (FMI), havia previsto já no início do ano que inflação superaria 1 milhão porcento. Além disso, em 2019, a inflação seira de 10 milhões.

De acordo com a Assembleia Nacional, a inflação mensal desacelerou. Em novembro foi registrado uma alta de 144%, menor que os 148% de outubro, e também inferior aos 233% de setembro.

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Segundo a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), o PIB da Venezuela deve sofrer uma contração de 15% em 2018. Já para 2019, a queda seria de 8%, somando seis anos seguidos de perdas.

Outras empresas que deixaram a Venezuela

Empresas limitam o fornecimento de produtos e reduzem seus trabalhos esperando uma melhora no cenário. A hiperinflação torna insustentável a manutenção das empresas que operam com a moeda local.

Na última semana, a Ford (fabricante de automóveis) passou a oferecer compensações aos funcionários, por conta da redução das operações no país.

Além disso, a turbulência econômica durante anos faz grandes empresas, como a Goodyear, deixarem a Venezuela. São os casos da Kellogg Co. e da Kimberly-Clark Corp.

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