Aproximadamente 1,2 mil golpistas foram presos nesta segunda-feira (9) após atos antidemocráticos aos Três Poderes. A Polícia do Exército e a Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) começaram a desocupar a área em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília. O número de presos foi informado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
As pessoas foram presas no local e levadas em dezenas de ônibus até a Superintendência da Policia Federal (PF). Imagens de TV mostraram o comboio chegando à sede da PF. Os golpistas detidos passarão por triagem no Instituto de Criminalística e devem ser ouvidos por integrantes da PF.
Contudo, não está claro se permanecerão presos ou se serão liberados em seguida. Em rede social, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), confirmou que a Polícia Legislativa prendeu 44 golpistas que invadiram Brasília no domingo, e que eles foram encaminhados ao sistema penitenciário da Papuda.
Além disso, Polícia Civil também emitiu nota em que confirma a prisão em flagrante de 204 vândalos durante o domingo de depredação e violência na Praça dos Três Poderes. De acordo com a corporação, os responsáveis por atos de menor potencial ofensivo assinaram termos de comparecimento à Justiça e foram liberados. Outros, responsáveis por condutas mais graves, permanecem na carceragem da PC-DF.
Acampamento golpista em Brasília
A prisão das pessoas que pediam golpe de Estado em frente ao QG do Exército foi feita após ordem do ministro Alexandre de Morais, do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante a madrugada, ele determinou a remoção do acampamento em 24 horas e autorizou a prisão em flagrante de quem não acatasse a decisão.
Segundo o magistrado, os invasores no local poderão ser enquadrados em ao menos sete crimes.
Antes de realizar as prisões, os policiais que trabalham na desmobilização do acampamento avisaram aos presentes que deveriam se retirar do local voluntariamente. Porém, passado algum tempo, com a insistência das pessoas em permanecer, fizeram as detenções.
Não houve registro de conflitos durante as detenções dos golpistas em Brasília.
Ministro participa de remoção de acampamentos
O ministro da Defesa, José Múcio, e o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, chegaram a acompanhar a remoção do acampamento durante a manhã. A remoção efetiva das estruturas do local é realizada por militares do Exército, enquanto um cordão de agentes da PM-DF faz o isolamento da região.
Na mesma decisão em que autorizou as prisões, Moraes determinou o afastamento do governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha (MDB), por 90 dias.
As medidas foram tomadas após pedidos da Advocacia-Geral da União (AGU), do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, diante da prática de atos terroristas contra a democracia e as instituições brasileiras, ocorridos na capital.
Ontem, golpistas invadiram e depredaram os prédios do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.
Com informações da Agência Brasil