Goldman Sachs prevê um aumento da produção de petróleo no Brasil até 2022
O Goldman Sachs divulgou um relatório no último domingo (4) prevendo que a produção de petróleo do Brasil deve atingir o patamar de 3,5 milhões de barris por dia ao final do ano de 2022, ante 3,3 milhões de bpd no início de 2020. Além disso, os analistas do banco de investimentos informaram já considerarem os efeitos da recente revisão no portfólio de projetos da Petrobras (PETR4).
“Em geral, estamos elevando nossas expectativas da produção de petróleo para o período de agosto de 2020 a dezembro de 2021 em 40 mil bpd versus nossas expectativas anteriores”, declararam os analistas. “Em nossas previsões, a produção deve ficar em média em 3,29 milhões/3,40 milhões de bpd em 2021/2022, respectivamente (+193 mil /104 mil barris/dia, respectivamente) e atingir 3,53 milhões de bpd em dezembro de 2022, uma vez que navios-plataforma (FPSOs) continuam a entrar em operação”, concluíram.
De acordo com o Goldman Sachs, os dados divulgados já consideram o novo planejamento da estatal e a entrega no prazo esperado de novos FPSOs para a empresa.
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“Para a Petrobras, eles envolverão quatro FPSOs na Bacia de Santos (Sépia, Mero 1, Búzios 5 e o projeto de recuperação de Lula) e um na Bacia de Campos (Marlim 1), além de um desenvolvimento operado pela Equinor no campo de Peregrino. Há mais sete FPSOs adicionais que devem ser adicionados até 2024”, anunciaram os analistas.
Além disso, o prazo de estimativa para que os navios-plataforma comecem a operar deve ser entre 12 a 15 meses, ante 24 meses da previsão antiga, informou o banco de investimentos, ressaltando que apesar dos impactos gerados pela pandemia novo coronavírus (Covid-19), a expectativa é de redução do tempo.
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Os dados indicaram ainda que a pandemia do coronavírus prejudicou a produção do Brasil, que registrou seu pico em maio, quando cerca de 250 mil barris por dia em produção foram afetados pela desativação de 62 campos em águas rasas. “Nós acreditamos que esses fechamentos somam apenas 70 mil barris por dia hoje, e assumimos que 20 mil bpd em capacidade produtiva serão definitivamente perdidos”, informaram os analistas.
Por último, o Goldman Sachs anunciou que a estatal deverá continuar investindo em novos FPSOs com a finalidade de desenvolver áreas arrematadas no leilão dos excedentes da cessão onerosa do ano passado. A Petrobrás já tem processos em andamento para contratar três novos FPSOs que devem começar a operar entre 2024 e 2025 no campo de Búzios, incluindo um navio-plataforma que seria um dos maiores do mundo, declararam, ao prever que a companhia de petróleo deve continuar aumentando sua produção a partir do ano de 2023.