Goldman Sachs prevê que déficit primário do Brasil será 9% do PIB

O Goldman Sachs informou que o déficit primário do Brasil deve ficar entre 7% e 9% do Produto Interno Bruto (PIB) e a dívida bruta deve ser de 87% a 91% do PIB brasileiro, em 2020. A informação foi divulgada nessa segunda-feira (6) em um relatório do banco que analisa os impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) em 7 países da América Latina.

No ano passado, o déficit primário do Brasil foi 0,9% do PIB, enquanto a dívida pública foi 75,8% do Produto. Além disso, o Goldman Sachs informou que o pacote fiscal anunciado para combater os danos na economia, causados pela nova doença, irão danificar ainda mais o quadro fiscal do brasileiro.

O Brasil é, entre os países analisados pela instituição, que tem a dívida mais alta e por isso poderá apresentar o maior déficit primário.

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Entretanto, antes do novo coronavírus começar a afetar a economia mundial, o Bank of America (BofA) havia previsto que o déficit primário brasileiro seria 1,2% do PIB, já o déficit nominal poderia variar entre 11,5% e 13,5%.

Ademais o BofA indicou que as medidas ficas que o governo anunciou, somaram cerca de R$ 400 bilhões, ou seja, aproximadamente 5,5% do PIB que era estimado para 2020.

Atualmente, as projeções do banco para esse ano, são de queda de 3,4% do PIB do Brasil. Em relação a arrecadação de impostos, a previsão também é de redução, essa de 8%.

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O banco ainda anunciou, “a inevitável deterioração de curto prazo dos saldos fiscais e indicadores de dívida pode aumentar as preocupações dos investidores sobre a sustentabilidade futura da dívida, a menos que as autoridades consigam comprometer-se, com credibilidade, em resolver questões de sustentabilidade fiscal tão logo a pandemia passe” Indicando que as providencias tomadas sejam temporárias, e que são necessárias reformas de ajuste fiscal para que haja um equilíbrio no médio e longo prazo.

Oxford Economics prevê queda no PIB brasileiro

Além disso, a consultoria britânica Oxford Economics, informou na  última sexta-feira (3), que prevê a redução do PIB do Brasil em 2,7% em 2020 por causa da pandemia de coronavírus.

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Segundo Joan Domene, economista da Oxford Economics, a implementação de bloqueios e medidas de isolamento social aumentarão o custo econômico da crise, com uma repercussão negativa sobre o PIB deste ano.

Além do PIB do Brasil, projetado anteriormente em expansão de 0,3%, foram alteradas as previsões do crescimento de toda a América Latina, que deveria sofrer uma redução de 3,4% este ano.

Laura Moutinho

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