Goldman Sachs pode pagar multa de US$ 2 bi por corrupção
O banco de investimentos Goldman Sachs está negociando o pagamento de uma multa com autoridades dos Estados Unidos como forma de arquivar um processo de corrupção envolvendo a instituição financeira. O valor da multa é de aproximadamente US$ 2 bilhões (cerca de R$ 8,1 bilhões).
O caso de corrupção envolvendo o Goldman Sachs está relacionado ao fundo soberano da Malásia, o 1Malaysia Development Berhad (1MDB), que é um de seus clientes. O banco de investimentos é acusado de ter ignorado, entre 2012 e 2013, alertas sobre desvio de dinheiro do fundo estatal.
O dinheiro desviado é oriundo de uma emissão de US$ 6,5 bilhões em bônus do 1MDB. Deste montante, uma parte foi desviada pelo conselheiro do governo malaio, Jho Low, e outra parte por dois ex-dirigentes do banco de investimentos.
O fundo estatal malaio surgiu em 2008 com o objetivo de impulsionar o crescimento da econômica do país. No entanto, atualmente o país asiático tenta recuperar bilhões de dólares que foram desviados do 1MDB.
Além do pagamento da multa, a subsidiária do banco na Ásia deverá admitir a violação das leis anticorrupção dos EUA. Além disso, de acordo com uma fonte familiarizada com o assunto, a instituição financeira deverá implementar um mecanismo de supervisão e alterar os procedimentos de compliance.
A estimativa é que o acordo entre o Goldman Sachs e o Departamento de Justiça dos EUA seja concluído até o início de 2020. No entanto, o banco não comentou a negociação. “As discussões estão em andamento e seria irresponsável especular sobre a resolução”, afirmou uma porta-voz do banco norte-americano.
Goldman Sachs faz empréstimo ao Mercado Livre
No início deste mês, o Goldman Sachs realizou seu terceiro empréstimo a uma fintech da América Latina em 2019. Desta vez, os recursos foram destinados a uma subsidiária do Mercado Livre, o Mercado Crédito, que recebeu um empréstimo de US$ 125 milhões.
Saiba mais: Mercado Livre recebe empréstimo de US$ 125 mi do Goldman Sachs
O Mercado Livre é líder no comércio eletrônico da América Latina, com cerca de 25% de participação no mercado e 40 milhões de visitantes por mês.
A subsidiária irá utilizar os recursos aportados pelo Goldman Sachs para triplicar, no período de um ano, seu portfólio de US$ 100 milhões em capital de giro fornecido a pequenas e médias empresas no México, de acordo com informações de