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Goldman Sachs recomenda venda de Inter (BIDI4); Stone é top pick

Acionistas do Inter votarão desdobramento de ações

Acionistas do Inter votarão desdobramento de ações

Em relatório divulgado hoje em que avalia todas as fintechs que cobre, o Goldman Sachs alterou as recomendações da XP (NASDAQ: XP) e da PagSeguro (NYSE: PAGS) para compra, e manteve as recomendações de compra para a Stone (NASDAQ: STNE), que continua sendo sua top pick, e de venda para o Banco Inter (BIDI4).

Apesar do crescimento da base de clientes dos bancos digitais, o Goldman Sachs que ainda vê essas instituições com grande dificuldade de monetizar seus clientes. Por isso, o Banco Inter foi o único com recomendação de venda.

Inter mostra dificuldade em capitalizar clientes, diz Goldman Sachs

O Goldman Sachs afirma que não há duvida de que a Covid-19 acelerou as tendências de digitalização financeira, como mostra, por exemplo, o fato de o Banco Inter ter alcançado o número de 8,5 milhões de clientes no quarto trimestre de 2020, uma alta de 108% na base anual.

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Para os analistas Tito Labarta, Gustavo Schroden, Jonathan Uriel e Nicholas Walker, entretanto, o banco digital, que fica apenas atrás do Nubank na lista de fintechs com mais clientes do Brasil, deve ainda enfrentar dificuldades para melhorar a receita por cliente.

Apesar de todas as companhias de finanças digitais estarem, nos últimos tempos, tendo mais dificuldades nesse quesito, o Banco Inter seria o que enfrenta maior resistência. A receita por cliente do Inter caiu cerca de 49% ao ano desde 2017, indo de R$ 1.200 para R$ 171 em 2020.

A despesas com clientes também caíram em cerca de 43% para o Inter, o que, todavia, não cobre a queda dos ganhos. O Banco Pan (BPAN4), indo no mesmo sentido, viu suas despesas com cada cliente caírem 19%, enquanto suas receitas diminuíram 13%.

Os custos com clientes retrocederam 8% na XP e sua média receita por cliente diminui 9%, margem negativa de 1%. O PagSeguro, idem, tendo estabilidade nas despesas enquanto sua receita encolheu 1%.

A Stone foi a única a registrar lucro nesta comparação, com os gastos com clientes caindo 22% desde 2018, muito mais do que a queda de 5% nas suas receitas desde o mesmo ano. A performance da empresa de pagamento chamou a atenção do Goldman Sachs.

Competição deve aumentar para fintechs com chegada de grandes players

O Goldman Sachs pontua ainda que todas as fintechs estão sofrendo de forma mais direta com a competição com os grandes bancos, que estão avançando em seus processos de digitalização através de investimentos pesados. Apenas o PagSeguro não disputa diretamente com essas instituições, tendo em seu principal concorrente o Mercado Livre, uma gigante de outro setor.

O Goldman Sachs mantém a Stone como sua top pick, com preço-alvo estabelecido em US$ 114, por acreditar que a companhia está se tornando dominante no setor de pagamentos, possuindo uma vantagem competitiva saudável frente aos concorrentes.

A PagSeguro é vista de forma positiva pelo Goldman Sachs por conta do PagBank, que vem crescendo de maneira contínua, que possui pagamentos lucrativos e vem se tornando líder entre os micro comerciantes. O preço-alvo saltou de US$ 42 para US$ 70.

A XP, para os analistas, é líder em vantagem competitiva no ramo de investimentos e possui um extenso canal de distribuição. O preço-alvo para os próximos 12 meses foi estabelecido em US$ 50.

Já para o Inter, o Goldman Sachs manteve a recomendação de venda, com preço-alvo em US$ 8,6, por conta da má performance em aumentar a receita oriunda de cada cliente e da maior competição, apesar do crescimento sólido.

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