Eletrobras (ELET3) está no radar de dividendos do Goldman Sachs

A Eletrobras (ELET3) recebe nesta semana um novo CEO para comandar as operações da companhia, Wilson Ferreira Júnior.

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Ferreira Júnior, entretanto, não é tão “novo” assim nas operações da Eletrobras. Ele já presidiu a empresa em meados de 2016, quando Michel Temer (MDB) o chamou para o cargo.

Com a volta do executivo, não faltam dúvidas no mercado sobre o que deve fazer Ferreira Júnior à frente da empresa.

O Goldman Sachs, por exemplo, divulgou um documento com diversas perguntas que gostaria de endereçar ao novo presidente sobre o funcionamento da companhia no futuro próximo.

Entre as dúvidas do banco, está uma questão que é também a pulga atrás da orelha de muitos acionistas da Eletrobras: e os dividendos?

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Eletrobras terá espaço — resta escolher

Segundo o Goldman Sachs, uma otimização do balanço patrimonial da companhia pode dar espaço para a companhia fazer escolhas operacionais e contábeis importantes.

“Estimamos que a Eletrobras poderia ter R$ 38 bilhões em capital disponível no final de 2023, considerando uma meta de 3x dívida líquida/EBITDA”, afirma a casa.

A casa pontua que são dois caminhos possíveis para a Eletrobras: buscar oportunidades em fusões e aquisições ou aumentar a remuneração a acionistas.

Porém, por já ser a maior player do setor, com mais de R$ 100 bilhões em valor de mercado, o a Eletrobras pode enfrentar dificuldades em encontrar boas oportunidades aquisições em termos de criação de valor para a empresa — o que, no final das contas, delega a favor de uma maior distribuição de dividendos da Eletrobras.

Com isso, o Goldman Sachs trabalha com um risco de alta para a sua estimativa de 7-13%  de rendimento de dividendos para 2022-2025, em termos reais.

Atualmente, o banco estima um FCFE (valor dos dividendos que a empresa irá distribuir aos investidores) de 8% para a Eletrobras.

O Goldman Sachs também questiona a partir de quando será possível constatar um impacto da redução de custos por parte da recém-privatizada.

A partir de benchmarks, o Goldman Sachs estimou que a Eletrobras pode economizar cerca de R$ 3 bilhões em despesas administrativas, de vendas e gerais, por ano, após a privatização.

Isso representa cerca de R$ 22 bilhões em valor patrimonial (cerca de R$ 9 por ação).

Wilson Ferreira Júnior deverá detalhar quais linhas do balanço da Eletrobras devem ser atacadas para chegar a um resultado próximo à estimativa.

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Laura Intrieri

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