O CEO da Goldman Sachs, David Solomon, afirmou na quarta-feira (24) que a recuperação do mercado acionário em 2020 não pode ser justificada pelo potencial de lucro das empresas. A declaração foi divulgada durante uma videoconferência realizada pela Bloomberg.
“O mercado de ações parece estar um pouco à frente da minha visão do desempenho dos futuros lucros das empresas”, disse o presidente da Goldman Sachs na quarta-feira durante uma conferência da Bloomberg Invest. “Se eu estiver certo sobre isso, você verá um rebalanceamento de preços ao longo do tempo.”
Com as taxas de juros ao redor do mundo chegando a zero, ou próximas de zero, e os bancos centrais prometendo tomar as medidas necessárias para se recuperar da pandemia do coronavírus (Covid-19), os investidores estão direcionam o dinheiro às ações. É “o único jogo na cidade” para retornos razoáveis a longo prazo, disse Solomon.
Apesar de seu tom pessimista sobre o mercado, David Solomon mantém a expectativa de que a economia dos EUA irá se recuperar aceleradamente, em forma de “V”, o que contraria as previsões de órgãos internacionais e do próprio Federal Reserve (Fed). A autoridade monetária tem alertado sobre a supervalorização das ações no último mês.
O plano de corte de gastos da Goldman Sachs foi adiado
Uma incerteza para os funcionários do Goldman Sachs é quando o banco implementará o plano de corte de gastos. Em janeiro, a empresa estabeleceu a meta de cortar mais de US $ 1 bilhão (cerca de R$ 5,2 bilhões) em custos, uma medida que provavelmente teria sido acompanhada com a demissão de funcionários.
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No entanto, a Goldman Sachs mais tarde se comprometeu a prorrogar o corte de empregados enquanto a pandemia agita as comunidades e economias em todo o mundo. “Estamos administrando um negócio daqui para frente”, disse Solomon. Os abates anuais da empresa terão que ser retomados em 2021, disse ele.
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