Goldman vê um “atraente ponto de entrada” para o Carrefour (CRFB3)
O Goldman Sachs soltou um relatório nesta sexta-feira (4) avaliando que o desempenho negativo das ações do Carrefour Brasil (CRFB3) nos últimos três meses criou um “atraente ponto de entrada”.
Na visão do grupo financeiro norte-americano, o Carrefour poderia comprar concorrentes e abocanhar mais participação de mercado em um segmento ainda em parte fragmentado.
Segundo relatório, o setor ainda apresenta uma performance abaixo da média de mercado, devido a preocupações gerais envolvendo as perspectivas de crescimento para o próximo ano. Isso ocorre em um contexto competitivo desafiador a partir de 2020 e a potencial eliminação dos programas de auxílio do governo, que ajudaram a manter o poder de compra da população.
No caso do Carrefour, o Goldman Sachs acredita que mudanças recentes em sua base acionária após os resultados do segundo trimestre também pressionaram seu desempenho. Apesar disso, o banco considera que há catalisadores positivos para a companhia no curto prazo.
De acordo com o grupo, as vendas da varejista no quarto trimestre de 2020 devem se beneficiar dos “ventos favoráveis” em vista do maior consumo de alimentos em casa, assim como da inflação de alimentos mais elevada e, em menor nível, de estímulos fiscais.
O Goldman Sachs também espera que os ventos permaneçam favoráveis para as empresas do varejo de alimentos nos próximos trimestres, com uma chamada positiva para: atacado-varejista; hipermercados; comércio eletrônico; e alavancagem operacional.
Goldman recomenda compra de ações do Carrefour
Em relação ao Carrefour, a instituição financeira considera que o crescimento do número de vendas em mesmas lojas no quarto trimestre deve acompanhar o ritmo registrado no trimestre anterior.
As margens também devem continuar a melhorar no comparativo anual dentro do multi-varejo, embora o banco avalie que parte da alavancagem operacional capturada no segmento de caixa e transporte poderia ser reinvestida em preços e crescimento.
Desse modo, o Goldman espera um “resultado operacional sequencialmente melhor (e positivo), com base em despesas de provisionamento mais normalizadas e aumento contínuo do portfólio e juros. ”
Por volta das 15h50, as ações do Carrefour operavam em queda de 0,31%, a R$ 19,37; enquanto o índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), o Ibovespa, subia 1,26%, a 113.708,38 pontos.